A Escócia vai proibir o cultivo de organismos geneticamente modificados em seu território, para preservá-lo "verde e limpo", afirmou o ministro dos Assuntos Rurais, Richard Lochhead.
Segundo nota do ministério, o governo escocês tomou como base as novas regras europeias que permitem que os países recusem individualmente "culturas geneticamente modificadas autorizadas pela União Europeia".
"Não temos nenhuma prova de que os consumidores prefiram produtos geneticamente modificados, e preocupa-me que a permissão do cultivo transgênico na Escócia possa trazer prejuízos para a nossa imagem de país limpo e verde, pondo em causa o futuro do setor de alimentos e bebidas, que vale 14.000 milhões de libras", disse Lochhead.
De acordo com uma decisão de janeiro do Parlamento Europeu, todos os países da União Europeu podem apresentar razões socioeconômicas, ambientais e de ordenamento do território para se opor ao cultivo de organismos geneticamente modificados em seu território.
O governo britânico é favorável às culturas geneticamente modificadas, mas as políticas agrícolas estão descentralizadas e, portanto, decididas pelos governos autônomos.
Há poucos dias, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, afirmou que as organizações não governamentais, as universidades e a sociedade civil precisam debater o limite dos usos de agrotóxicos e sementes transgênicas no Brasil.
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