Lutar ou fugir
Uma grande parte da arte de bem lidar com a vida consiste em ter uma reação flexível com os altos e baixos com que todos nos defrontamos.
Contudo, as pessoas respondem de forma diferente aos fatos, dependendo de quão intensa é a emoção associada a eles, segundo um estudo publicado na revista científica Psychological Science.
Quando confrontadas com emoções fortemente negativas, elas tendem a preferir desviar sua atenção.
Com algo de menor intensidade, contudo, as pessoas tendem a pensar sobre o acontecido e procurar uma maneira de neutralizar a emoção.
Prós e contras das emoções
As emoções são úteis - por exemplo, o medo diz para seu corpo ficar pronto para fugir ou lutar em uma situação perigosa.
Mas as emoções também podem se tornar problemáticas - por exemplo, pessoas com depressão que não conseguem parar de pensar em ideias negativas.
"Felizmente, as nossas emoções podem ser ajustadas de várias formas", afirma Gal Sheppes, da Universidade de Stanford, que realizou o estudo juntamente com seus colegas Gaurav Suri, James J. Gross e Susanne Scheibe (Universidade de Groningen).
Controle das emoções
Sheppes e seus colegas estudaram duas formas principais que as pessoas usam para controlar suas emoções: distraindo-se ou reavaliando a situação.
Por exemplo, se você está na sala de espera do dentista, você pode distrair-se do desconforto iminente lendo sobre separações de celebridades: seria uma forma de ver que outros estão em situação pior do que a sua.
Enquanto muitos estudos anteriores instruíam diretamente as pessoas a empregar estratégias diferentes e mediam as consequências, os pesquisadores queriam saber quais estratégias de controle as pessoas adotam para si mesmas quando se confrontam com situações negativas de intensidades leve e forte.
Emoções fortes e fracas
Os experimentos mostraram que, quando a emoção negativa é de baixa intensidade, os participantes preferiam reavaliar - pensar sobre ela, dizendo a si mesmos por que não era tão ruim assim.
Mas, quando as emoções de alta intensidade surgiram, eles preferiram se distrair.
Segundo os pesquisadores, entender quais estratégias as pessoas saudáveis preferem usar para regular as emoções em contextos diferentes pode ajudar no tratamento das pessoas com depressão e transtornos de ansiedade.
Pode ser que elas tenham esses problemas justamente por terem dificuldade para ajustar de forma flexível suas emoções a diferentes exigências e situações.
Segundo Sheppes, talvez elas precisem aprender quando se envolver e quando manter uma certa distância das emoções.
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