Pesquisadores norte-americanos descobriram um novo tipo de antibiótico que não induz a resistência nas bactérias.
A descoberta traz uma nova esperança em um campo que não via novidades significativas há quase 30 anos. Desde então, tem crescido a preocupação com o surgimento das bactérias resistentes aos antibióticos atuais, a ponto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar que a humanidade está perdendo a batalha contra as superbactérias.
"Agora, nós podemos começar a mudar nossa forma de pensar sobre estratégias para a descoberta de antibióticos. Até agora, a estratégia vinha sendo baseada no desenvolvimento de antibióticos mais rápido do que os patógenos adquirem resistência. A teixobactina apresenta uma nova oportunidade para desenvolver componentes que são essencialmente livres de resistência - uma abordagem mais inteligente," disse o Dr. Kim Lewis, da Universidade Northeastern (EUA), líder da equipe.
Teixobactina
Teixobactina é o nome do novo antibiótico, que se mostrou capaz de destruir as superbactérias - bactérias resistentes aos antibióticos atuais - sem apresentar nenhuma nova resistência detectável.
Segundo a equipe, a teixobactina representa um novo mecanismo de combate a infecções causadas pela temida SARM (Staphylococcus aureus resistente à meticilina - ou MRSA, na sigla em inglês).
O novo antibiótico também representa uma nova opção de tratamento da tuberculose, que hoje usa uma combinação de remédios com vários efeitos colaterais negativos.
A equipe descobriu a teixobactina usando um biochip, um microlaboratório que permite cultivar as chamadas "bactérias não cultiváveis", que normalmente não crescem em condições de laboratório.
Em 2013, a mesma equipe já havia usado a técnica para descobrir um primeiro tratamento promissor contra as superbactérias SARM.
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