Os municípios de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba, no interior paulista, registraram 924 casos de dengue nos 19 primeiros dias de janeiro. O número é 15 vezes maior do que os 60 casos contabilizados pela Secretaria Estadual de Saúde nas três cidades no mesmo mês do ano passado.
O número representa um terço do número de pessoas que contraíram dengue nesses municípios em 2008, que foi de 2.709. Em todo o estado, foram registrados 7.547 casos de dengue no ano passado e 7.187 em 2008.
Araçatuba confirmou 335 casos da doença neste mês, enquanto em 2008 havia registrado apenas um doente em janeiro, e 209 durante todo o ano.
Mutirões de limpeza
Para combater o problema, funcionários da prefeitura estão realizando mutirões de limpeza em locais de proliferação do mosquito Aedes aegipty, transmissor do vírus causador da dengue. Esses grupos também buscam orientar a população sobre a importância de evitar acúmulo de água parada para prevenir a reprodução do mosquito.
A Diretoria de Vigilância em Saúde de São José do Rio Preto confirmou 452 casos da doença na primeira quinzena de 2010, mais da metade dos 968 contabilizados ao longo do ano passado. A diretoria informou ainda que começaram a ser adotadas as medidas para destruir os criadouros das larvas do mosquito e a aplicação de inseticida para eliminação do inseto adulto.
Em Ribeirão Preto, foram contabilizados 137 casos. Em janeiro do ano passado, foram 39 os casos e 1.532 em todo o ano.
"Epidemia localizada"
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria, existe uma "situação epidêmica" localizada na zona leste da cidade. Por isso, ela ressaltou que o órgão está buscando localizar rapidamente os casos para poder tratar adequadamente os doentes mais graves.
No último mês de novembro, o Ministério da Saúde realizou o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) que colocou dez municípios paulistas em alerta para surto de dengue. Segundo a pesquisa, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Guarulhos, Marília, Santos, São José do Rio Preto, Piracicaba, Ribeirão Preto e São Sebastião estavam com níveis de infestação por larvas do mosquito acima dos considerados seguros.
Segundo o ministério, o alto índice de chuvas e as altas temperaturas são fatores que podem ter contribuído para o aumento da infestação. No entanto, o órgão ressaltou que à época não era possível "correlacionar o aumento somente a estas variáveis climáticas".
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