ATUALIZAÇÃO
No dia 10 de Fevereiro, o Vaticano pronunciou-se oficialmente afirmando que a instituição não autoriza a substituição do sacramento da confissão pelo aplicativo objeto desta reportagem.
O artigo foi mantido como publicado originalmente, acrescentando-se um "não" à manchete.
Confissão eletrônica
A Igreja Católica aprovou um aplicativo para iPhone que ajuda seus fiéis a confessarem.
A confissão é um dos sacramentos da Igreja Católica, que envolve contar a um padre ou bispo aquilo que se fez ou pensou e é considerado como pecado pela instituição.
O programa - batizado de Confissão - foi colocado à venda semana passada pela loja virtual da Apple, iTunes, por US$ 1,99 (R$ 3,32).
Descrito como "a ajuda perfeita para todo penitente", o aplicativo dá ao usuário dicas e orientações sobre o ato da confissão.
Lista de pecados
Segundo informações veiculadas pela BBC, membros do clero católico nos Estados Unidos deram sua aprovação oficial ao aplicativo - um gesto da Igreja Católica que se acredita ser inédito.
O aplicativo guia os usuários através do sacramento da confissão e permite que o fiel mantenha um registro de seus pecados - eventualmente para evitar cometê-los novamente.
O lançamento foi feito logo após o papa Bento 16 ter exortado católicos a usarem a comunicação digital e mostrarem-se presentes online.
Os arquitetos do aplicativo, baseados no estado americano de Indiana, disseram ter levado em conta as palavras do papa enquanto preparavam a ferramenta para consumo público.
"Nosso objetivo com esse projeto é oferecer um aplicativo digital que seja uma "verdadeira nova mídia a serviço da palavra", disse a empresa.
Absolvição exige conexão direta
O aplicativo também permite que os usuários façam um exame de consciência com base em fatores como idade, sexo e estado civil - mas afirma que não tem como objetivo substituir a confissão inteiramente.
Em vez disso, diz o aplicativo, a ideia é encorajar os usuários a compreender suas ações, e a buscar um padre para obter absolvição.
"Nosso desejo é convidar católicos a se envolverem com sua fé através da tecnologia digital", disse Patrick Leinen, da Little iApps.
Facebook do Papa
Segundo a empresa, o aplicativo foi desenvolvido com a ajuda de vários padres, e teve a aprovação do bispo Kevin Rhoades da diocese de Fort Wayne, em Indiana.
Essa seria a primeira vez que a Igreja aprovou um aplicativo para celular, embora a instituição não seja totalmente alheia ao mundo digital.
Em 2007, o Vaticano lançou seu próprio canal no YouTube.
Dois anos depois, um aplicativo para o Facebook foi criado, para que usuários pudessem enviar cartões postais digitais ao pontífice.
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