Estresse e Alzheimer
O estresse psicossocial crônico pode contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
A conclusão veio após uma nova revisão de todas as pesquisas científicas realizadas na área.
A meta-análise mostra como fatores ambientais e genéticos podem afetar uma área do cérebro conhecida como eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (eixo HPA), elevando o risco de desenvolvimento do Alzheimer.
A revisão também indica a existência de um mecanismo pelo qual fatores genéticos que influenciam o eixo HPA podem afetar a inflamação que, quando descontrolada, é um dos principais impulsionadores da neurodegeneração.
"O que sabemos é que o estresse crônico afeta muitas vias biológicas dentro do nosso corpo. Há uma interação íntima entre a exposição ao estresse crônico e as vias que influenciam a reação do corpo a tal estresse," explicou o professor David Groth, da Universidade Curtin (Austrália).
Os estudos indicam que a interferência nessas diversas vias pode levar as células imunes do cérebro, na microglia, a se tornarem pró-inflamatórias, criando um ambiente neurotóxico, que acaba resultando em neurodegeneração.
"Variações genéticas dentro dessas vias podem influenciar a maneira como o sistema imunológico do cérebro se comporta, levando a uma resposta disfuncional. No cérebro, isso leva a uma interrupção crônica dos processos cerebrais normais, aumentando o risco de neurodegeneração subsequente e, em última instância, de demência," explicou Groth.
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