Chance de morte prematura
Um estudo divulgado nos Estados Unidos indica que pessoas que têm cintura larga têm uma chance maior de morte prematura, independentemente do IMC (índice de massa corporal, que mede a relação entre peso e altura).
A pesquisa da American Cancer Society sugere que cinturas maiores do que 110 centímetros nas mulheres e 120 centímetros nos homens dobram o risco de mortalidade em relação aos homens com cinturas menores do que 90 centímetros e mulheres com cinturas menores do que 75 centímetros.
Causa desconhecida
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 100 mil homens e mulheres com mais de 50 anos ao longo de nove anos.
O estudo também sugere que, entre as mulheres, a ligação entre cintura larga e maior risco de morte é maior entre aquelas com peso considerado normal.
Entretanto, os autores da pesquisa dizem que são necessários mais estudos para determinar a causa dessa relação entre cintura larga e mortalidade.
O estudo, divulgado na publicação especializada Archives of Internal Medicine, analisou dados de 48.500 homens e de 56.343 mulheres, predominantemente brancos. No início do estudo, a idade média dos homens era de 69 anos, e das mulheres, 67.
Durante os nove anos do estudo, 9.315 homens e 5.332 mulheres morreram.
Circunferência da cintura
Os pesquisadores notaram que o risco de morte aumentava conforme o aumento da circunferência da cintura, independentemente de a pessoa ter peso normal, estar acima do peso normal ou de ser obesa.
A análise indicou um aumento significativo do risco entre os homens com cinturas maiores do que 110 centímetros ou em mulheres com cinturas a partir de 95 centímetros.
Mas apenas em homens e mulheres com cinturas muito largas (acima de 120 centímetros para homens e acima de 110 centímetros para mulheres) o risco de morte dobrou.
A causa mais comum de morte foi insuficiência respiratória, seguida de doenças cardiovasculares e depois câncer.
"Nossos resultados sugerem que, independentemente do peso, evitar o aumento na circunferência da cintura pode reduzir o risco de morte prematura", conclui o estudo.
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