Chocolate com probióticos
As pesquisadoras Marluci Palazzolli da Silva e Carmem Sílvia Trindade, da USP (Universidade de São Paulo), desenvolveram um chocolate funcional contendo microrganismos vivos que trazem benefícios à saúde humana.
Somando-se às propriedades antioxidantes presentes no cacau, os probióticos melhoram as funções gastrointestinais, reduzem o risco de constipação e a possibilidade de desenvolvimento de várias doenças, como o câncer de cólon.
O chocolate meio amargo probiótico representará uma alternativa para o mercado de alimentos, podendo substituir os produtos lácteos encontrados nos supermercados, uma boa opção sobretudo para pessoas com intolerância à lactose, alérgicos ou com restrição de proteína animal.
Microcápsulas
Os lactobacilos são mais comumente encontrados em iogurte, sucos, sorvetes e cremes porque os produtos lácteos são boas matrizes para veiculação dos microrganismos.
O grande desafio da pesquisa foi justamente encontrar uma forma de incorporar os organismos bioativos no chocolate de forma a mantê-los vivos. Para isso, Marluci microencapsulou os probióticos com gordura vegetal para proteger os microrganismos do contato com o oxigênio, como a umidade e demais ingredientes do chocolate.
Depois de pronto, o chocolate foi avaliado por cem provadores para comprovar a aceitação do produto, que teve nota acima de 7 em uma escala de 9 pontos. Perguntados se comprariam o chocolate funcional quando estivesse no mercado, cerca de 75% dos voluntários responderam sim.
Probióticos
Os probióticos aplicados ao chocolate foram o Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium animalis, semelhantes aos presentes naturalmente no organismo humano mas que, ao longo da vida, vão se perdendo pelo consumo de alguns alimentos industrializados que afetam a flora intestinal, como o açúcar, abusos de medicamentos e o estresse.
Os microrganismos têm um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico e estão associados ao combate de doenças gastrointestinais, redução da biossíntese do colesterol, inibição de células cancerígenas e possuem atividade antimicrobiana contra a Helicobacter pylori e diversos fungos. A ingestão regular e em quantidade adequada de probióticos restaura a flora intestinal e repovoa o organismo de bactérias boas.
A tecnologia agora deverá ser repassada a uma empresa interessada na fabricação do chocolate probiótico em escala industrial.
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