Tratamentos terapêuticos
Os tratamentos terapêuticos do câncer têm representado um afastamento dos métodos tradicionais, como quimioterapia e radioterapia, uma vez que causam menos danos às células normais e menos efeitos colaterais para os pacientes.
Agora, pesquisadores do Reino Unido e da Rússia descobriram que algumas proteínas que ocorrem naturalmente no corpo podem ser manipuladas para tratar o câncer, o que representa um avanço considerável para esse campo emergente dos tratamentos terapêuticos.
Quando estudavam a catepsina S, um membro das proteínas catepsinas lisossomais conhecidas por afetar a progressão do câncer, e na p21 BAX, uma proteína que pode estimular a destruição celular, os pesquisadores descobriram que as duas podem ser usadas simultaneamente para combater as células cancerosas, realizando um ataque duplo.
As duas proteínas agem, em primeiro lugar, interrompendo o mecanismo que torna ineficazes certos tratamentos da doença e, em segundo lugar, encorajando efetivamente as células cancerosas a se autodestruir.
E esta abordagem revolucionária também tem como alvo duas vias regulatórias convergentes que às vezes podem ser resistentes à quimioterapia.
Câncer de rim
Sabendo dos mecanismos de ação das duas proteínas, os pesquisadores saíram em busca de compostos que pudessem controlar sua ação.
Surinder Soond e seus colegas descobriram então que um peptídeo chamado CS-PEP1 inibe a catepsina S e sua capacidade de quebrar a outra proteína, a p21 BAX. Com a catepsina inibida, há um acúmulo de p21 BAX, o que estimula a morte das células de câncer.
Esse efeito duplo também pode anular a resistência molecular frequentemente encontrada durante o tratamento de quimioterapia convencional, fornecendo um reforço também para a abordagem tradicional no tratamento do câncer.
A pesquisa foi feita envolvendo o câncer de rim, mas a equipe acredita que o mecanismo de ação pode ser usado em tipos similares de câncer.
"O câncer de rim é um tipo de câncer muito difícil de curar; há uma necessidade cada vez maior de pensar de forma inovadora para desenvolver novas técnicas. Agora descobrimos que as proteínas que já estão no corpo podem ser manipuladas para estimular a morte das células cancerosas. Esta é uma percepção e um avanço extraordinários, e pode ser usada para auxiliar no tratamento de outros tipos de cânceres agressivos, como câncer de mama e de próstata," disse o professor Paul Townsend, da Universidade de Surrey (Reino Unido).
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