A expectativa de vida no Brasil aumentou 17,9% entre 1980 e 2013, passando de 62,7 para 73,9 anos, um aumento real de 11,2 anos.
O avanço foi apontado no Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o crescimento foi possível em razão das medidas de combate à desnutrição, redução da mortalidade materna e infantil, ampliação do acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, melhoria do atendimento às mães e bebês, enfrentamento das doenças crônico-degenerativas e das chamadas mortes violentas, entre outras ações na área de atenção básica e urgência e emergência.
O relatório colocou o Brasil na 79ª posição do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 187 países, com um valor de 0,744 (categoria de Alto Desenvolvimento Humano). Entre 1980 e 2013, o valor do IDH do Brasil aumentou 36,4%. O índice está acima da média de 0,735 para os países do grupo de Alto Desenvolvimento Humano e acima da média de 0,740 para os países da América Latina e Caribe.
Também houve crescimento na expectativa da vida nos últimos anos: em 2010, a estimativa era de 73,1 anos, já no ano passado passou para 73,9 anos.
Os dados hoje podem ser ainda melhores, já que o PNUD utilizou dados de uma projeção de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Caso considerasse as estatísticas de 2013 - já disponibilizados pelo IBGE - a esperança de vida ao nascer seria de 74,8 anos. Se fossem considerados esses números a outros dados defasados, como o de escolaridade, o país sairia da 79ª posição para a 67ª.
Avanços
Vários fatores contribuíram para o aumento da expectativa de vida no Brasil. Entre 1996 e 2006, o país reduziu pela metade o índice de desnutrição infantil - passou de 13,4% para 6,7%. Entre as ações de combate à desnutrição, destacam-se a expansão da oferta de doses de vitamina A e de sulfato ferroso, além da melhoria da vigilância nutricional em municípios com índice de desnutrição superior a 10%.
Outro ponto forte foi a imunização da população. Atualmente, são oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos (25 vacinas, 13 soros heterológos e quatro soros homólogos) distribuídos em 34 mil postos vacinação. Desde 2010, foram incluídas novas vacinas para proteger a população, como a meningocócica C conjugada, tetraviral e a contra o vírus HPV.
Já o Programa Farmácia Popular disponibiliza 113 itens (entre medicamentos e produtos de saúde) na rede pública e 25 em drogarias particulares. Desde 2011, mais de 26 milhões de pessoas já foram beneficiadas. Além dos itens gratuitos para tratamento de diabetes, hipertensão e asma, os demais produtos podem ter até 90% de desconto na compra. Para idosos, também são disponibilizadas fraldas geriátricas.
Houve ainda redução de 82,2% do risco de morte devido a aborto e ampliação da estratégia Rede Cegonha, implantada em 2011 para incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mães e filhos, desde o planejamento reprodutivo até o segundo ano de vida do filho. A Rede Cegonha tem garantido atendimento de qualidade a 2,6 milhões de gestantes pelo SUS em 5.488 municípios.
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