Benefícios diferentes em cada horário
Os exercícios melhoram muito a saúde geral, mas uma novidade mais recente é que o exercício beneficia o corpo de diferentes maneiras, dependendo da hora do dia em que a pessoa se exercita.
No entanto, os cientistas ainda não sabem por que o momento do exercício produz esses efeitos diferentes.
Para obter uma melhor compreensão, uma equipe internacional de especialistas realizou o estudo mais abrangente até hoje sobre exercícios realizados em diferentes momentos do dia.
A pesquisa revelou como o corpo produz diferentes moléculas de sinalização que promovem a saúde de uma maneira específica do órgão após o exercício, dependendo da hora do dia. Esses sinais têm um amplo impacto na saúde, influenciando o sono, a memória, o desempenho nos próprios exercícios e a homeostase metabólica.
"Uma melhor compreensão de como o exercício afeta o corpo em diferentes momentos do dia pode nos ajudar a maximizar os benefícios do exercício para pessoas em risco de doenças, como obesidade e diabetes tipo 2," disse a professora Juleen Zierath, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), cuja equipe foi pioneira em demonstrar, há mais de dez anos, que os exercícios físicos alteram nosso DNA.
Exercício conserta relógio biológico defeituoso
Quase todas as células regulam seus processos biológicos ao longo de 24 horas, no chamado ritmo circadiano, ou relógio biológico. Isso significa que a sensibilidade de diferentes tecidos aos efeitos do exercício muda dependendo da hora do dia. Pesquisas anteriores confirmaram que ajustar o horário do exercício de acordo com nosso ritmo circadiano pode otimizar os efeitos do exercício na promoção da saúde.
Agora, os pesquisadores prepararam um "Atlas do Metabolismo do Exercício", um mapa abrangente mostrando moléculas de sinalização - ou biomarcadores - induzidas pelo exercício presentes em diferentes tecidos após o exercício em diferentes momentos do dia.
A disposição dessas informações em um mapa oferece uma compreensão mais profunda de como os tecidos se comunicam e como o exercício pode ajudar a "realinhar" ritmos circadianos desajustados em tecidos específicos - relógios circadianos defeituosos têm sido associados a riscos aumentados de obesidade e diabetes tipo 2.
Finalmente, o estudo identificou novas moléculas de sinalização induzidas pelo exercício em vários tecidos, que precisam de mais investigações para que possamos entender como elas influenciam individual ou coletivamente a saúde.
"Não apenas mostramos como diferentes tecidos respondem ao exercício em diferentes momentos do dia, mas também propomos como essas respostas estão conectadas para induzir uma adaptação orquestrada que controla a homeostase energética sistêmica," disse o professor Jonas Treebak, organizador do mapa metabólico.
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