Assexualidade
As diversas formas de manifestação da sexualidade estão encontrando espaço cada vez maior na sociedade, diminuindo ou eliminando discriminações seculares.
Mas Karli Cerankowski e seus colegas da Universidade de Stanford (EUA) decidiram analisar uma faceta menos estudada e, em alguns aspectos, ainda mais incompreendida da sexualidade humana: a assexualidade.
Quando confrontada com a noção de assexualidade, a maioria das pessoas mostra-se perplexa ante a ideia de uma vida desprovida de atração sexual.
Mas uma grande marcha de manifestantes assexuados feita em Toronto (Canadá) em 2014 ajudou a chamar a atenção dos estudiosos para o assunto, que agora tentam transformar a assexualidade em uma disciplina acadêmica.
Cerankowski afirma que "a sociedade normalizou determinados níveis de desejo sexual, enquanto patologizou outros. Em certo sentido, é o modelo social que está falido, não os assexuais."
Diversidade da sexualidade humana
As pesquisas realizadas pela equipe confirmam que as pessoas podem obter todo o contentamento que buscam em outros aspectos da vida, com uma gratificação plena que não inclui a gratificação sexual.
"Nós meio que priorizamos o prazer sexual e a satisfação sexual em nossas vidas, mas podemos pensar em outras maneiras pelas quais as pessoas experimentam prazer intenso, como quando ouvem música", exemplifica Cerankowski.
Embora o sexo e a sexualidade sejam aspectos centrais e valorizados da cultura ocidental, Cerankowski afirma que "se reconhecermos a diversidade da sexualidade humana, então podemos entender que existem algumas pessoas que simplesmente não sentem atração sexual, ou têm um menor impulso sexual, ou querem menos fazer sexo, e isso não significa que haja algo de errado com elas."
Sexualidades fluidas e múltiplas
A pesquisadora ressalta que as pessoas podem ver a assexualidade de forma extremada, uma vez que o prefixo "a-" significa "não", e que, portanto, uma pessoa que se diz assexuada estaria dizendo ser totalmente desinteressada em sexo e amor, o que não é verdade.
Segundo a pesquisadora, a pluralização do termo, indo além dos extremos para englobar as complexidades envolvidas no vasto espectro de assexualidade, mostra que o fenômeno é compatível com o "modelo mais comumente entendido das sexualidades fluidas e múltiplas."
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