Dúvidas dos pais sobre vacina contra HPV
Apesar de já existirem recomendações de alguns especialistas de incluir a vacina contra o HPV como parte da série de vacinação infantil de rotina, o uso efetivo da vacina permanece relativamente baixo.
Em 2016, o ano mais recente para o qual os dados sobre as taxas de vacinação estão disponíveis, apenas 50% das mulheres elegíveis e 38% dos homens elegíveis completaram a série de vacinas nos EUA.
"Queríamos entender melhor por que os pais optam por não vacinar seus filhos contra o HPV, já que essas informações são críticas para o desenvolvimento de campanhas de saúde pública e mensagens para aumentar as taxas de vacinação," disse a pesquisadora Anne Rositch, da Universidade Johns Hopkins.
Os dados mostram que apenas uma minoria dos pais opta por não imunizar seus filhos contra o vírus do papiloma humano (HPV) transmitido sexualmente devido a preocupações de que a vacinação encoraje ou apoie a atividade sexual dos jovens, uma razão frequentemente citada pelos médicos como uma barreira à defesa dessa vacina.
Em vez disso, os resultados mostram que as preocupações antivacina dos pais que afastam os jovens da vacinação tendem a se concentrar nas preocupações sobre a segurança da vacina (possíveis efeitos colaterais), falta de necessidade, (des)conhecimento sobre o HPV e ausência de recomendação dos médicos.
Razões contra a vacina HPV
Para as meninas, as quatro principais razões pelas quais os pais optaram por não vacinar suas filhas permaneceram relativamente estáveis entre 2010 e 2016, incluindo preocupações de segurança sobre a vacina (citadas por 23% dos pais não vacinantes em 2010, versus 22% em 2016), falta de necessidade (21% versus 20%), conhecimento (14% versus 13%) e recomendação médica (9% versus 10%). Aqueles que citaram a ausência de atividade sexual de seus filhos diminuíram quase metade nesses anos (19% versus 10%).
Para os meninos, todas as principais razões citadas pelos pais para não vacinar diminuíram ao longo do tempo, incluindo a falta de necessidade (24% versus 22%), recomendação médica (22% versus 17%), conhecimento (16% versus 14%), falta de atividade sexual da criança (16% versus 9%) e gênero (13% versus 2%). Particularmente, no entanto, as preocupações com a segurança da vacina aumentaram de 5% em 2010 para 14% em 2016.
Os pesquisadores não sabem ao certo o motivo, mas observam que menos de 1% dos pais de meninos de 2010 a 2016 relataram preocupações com a vacinação como motivo para não vacinar seu filho contra o HPV. Os pesquisadores dizem que é improvável que essas preocupações de segurança sejam atribuídas à exposição a falsas informações anti-vacinais.
Anna Beavis, coordenadora do estudo, afirma que os resultados demonstram que os pais estão menos preocupados com a relação da vacina contra o HPV com o sexo e a atividade sexual, e que as campanhas de saúde pública devem se concentrar em preocupações persistentes sobre a segurança e a necessidade da vacina.
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