14/01/2016

Teste permite diagnosticar dengue com 100% de certeza

Redação do Diário da Saúde
Teste permite diagnosticar dengue com 100% de certeza
Os pesquisadores esperam que seu teste chegue ao mercado em no máximo um ano.
[Imagem: Fraunhofer IZI]

Teste de dengue

Pode estar nascendo o primeiro exame rápido para identificar a dengue.

"Nós conseguimos desenvolver o primeiro teste de anticorpos já feito para infecções por dengue que é capaz de distinguir entre a dengue e outros flavivírus," afirma o Dr. Sebastian Ulbert, no Instituto Fraunhofer de Terapia Celular e Imunologia (Alemanha).

"Como nosso teste também é baseado na detecção de anticorpos, ele é tão barato e fácil de ser executado quanto seus equivalentes convencionais," acrescentou, destacando que o novo método pode ser facilmente integrado nos sistemas de diagnóstico atuais sem custo adicional para os fabricantes.

Testes de anticorpos

Nos testes de anticorpos convencionais, o sangue infectado com o vírus da dengue contém anticorpos específicos produzidos pelo corpo para atacar o intruso. O exame consiste em usar antígenos da dengue que se ligam de forma sistemática a estes anticorpos.

O problema é que, embora os antígenos liguem-se com os anticorpos com um mecanismo similar a uma chave em uma fechadura, eles quase sempre ligam-se no mesmo local em todos os flavivírus. Isto significa que, mesmo quando o teste for positivo, ninguém pode dizer com certeza que o paciente está infectado especificamente com o vírus da dengue.

"É por isso que, no nosso teste, nós produzimos antígenos especiais - usando certas mutações pontuais, alterando a área dos antígenos que é comum a todos os flavivírus, efetivamente desligando-as.

"Assim, os anticorpos são incapazes de se ligar a esses locais não específicos, com exceção dos anticorpos específicos da dengue. Então, agora, se o teste der positivo, podemos estar 100% seguros de que o paciente foi infectado com o vírus da dengue," explicou Ulbert.

Mercado

Os pesquisadores esperam que seu teste chegue ao mercado em no máximo um ano.

Para isso, eles estão trabalhando em maneiras de diferenciar entre os quatro sorotipos do vírus da dengue.

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