Metabólitos residuais
Brevemente, pacientes poderão simplesmente fornecer uma amostra de urina - em vez de se submeter a um doloroso procedimento cirúrgico - para obter um diagnóstico ou verificar se um câncer já existente está respondendo ao tratamento.
Essa possibilidade surgiu graças a uma descoberta feita por pesquisadores na Eslováquia, que identificaram moléculas fluorescentes na urina que podem permitir que pacientes com melanoma maligno sejam monitorados com precisão.
Atualmente, os pacientes com melanoma precisam passar por biópsias invasivas para diagnosticar e para acompanhar a progressão e o tratamento do câncer. Usando essa nova abordagem, os médicos poderão pedir apenas um exame de urina.
Ivana Spaková e seus colegas se concentraram em moléculas fluorescentes específicas que as células cancerosas produzem durante os processos metabólicos envolvidos em seu crescimento e progressão, e que acabam na urina.
As amostras de urina de pacientes com melanoma maligno apresentaram níveis diferentes desses marcadores fluorescentes ligados ao metabolismo, em comparação com as amostras de pessoas saudáveis.
Surpreendentemente, os níveis das moléculas fluorescentes na urina se correlacionaram com o estágio do melanoma e com a expressão de genes que estão ligados à progressão do melanoma, sugerindo que as moléculas têm potencial significativo como biomarcadores.
"Nossos resultados mostram que podemos usar com sucesso a urina, um material biológico coletado de forma simples e não invasiva, para determinar a progressão e a resposta ao tratamento do melanoma maligno," disse Ivana Spaková. "Os resultados destacam o potencial dos 'metabólitos residuais' no monitoramento de doenças. Este método é uma técnica simples e fácil de usar que pode ser executada usando equipamento de laboratório padrão."
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