Telemedicina
Pesquisadores brasileiros começaram a testar um ambiente de videocolaboração em saúde.
Os testes de uso da ferramenta consistem na transmissão de cirurgias em tempo real para a sala de telemedicina, onde professores e estudantes podem interagir através da ferramenta com o médico que está realizando o procedimento na sala de cirurgia.
O grupo atua em parceria com o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
O objetivo é testar na prática a infraestrutura de hardware e software que está sendo desenvolvida pelo grupo para oferecer suporte a diversos cenários de colaboração remota em saúde.
Além das videoconferências
No mês de junho serão duas cirurgias.
A intenção é atender pelo menos uma cirurgia a cada mês. "Ao participar das cirurgias, vemos, na prática, o que devemos adaptar e quais são as necessidades dos médicos e professores durante as aulas", explica Erick Melo, Gerente Técnico do projeto.
O acompanhamento das cirurgias à distância é apenas uma das funcionalidades da ferramenta desenvolvida pelo grupo.
Na área de saúde, o sistema pode ainda facilitar a comunicação entre médicos de diferentes pontos do país para capacitação e pedidos de segunda opinião, além de possibilitar a realização de diagnósticos a distância.
Isso evita deslocamentos desnecessários de agentes de saúde e pacientes, colaborando não somente para ampliação do atendimento em saúde como também para a economia de recursos.
Nas áreas de telemedicina e telessaúde, a ferramenta é uma alternativa aos equipamentos tradicionais de videoconferência, oferecendo vantagens como um custo menor e a possibilidade de adaptação do software às necessidades especificas da telemedicina, além da utilização de equipamentos comuns para fazer ligações ponto a ponto, ou multiponto.
Ensino de medicina à distância
Com o sistema, enquanto em uma sala está sendo realizada uma cirurgia, em outra está uma turma de alunos ou residentes do curso de medicina, acompanhada de um professor.
Com o auxílio de uma estrutura de três câmeras na sala de cirurgia - uma móvel, uma no foco cirúrgico e uma endocamera (interna)- e uma tela na sala de telemedicina, a ferramenta possibilita a interação em tempo real entre estes dois ambientes.
"A tecnologia traz um diferencial em relação ao ensino. Os estudantes acompanham em tempo real e com imagens de alta definição os procedimentos, o que possibilita o reconhecimento de estruturas anatômicas que somente poderiam ser observadas em aulas práticas", explica o chefe da Divisão de Cirurgia do Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba, Geraldo Cunha Filho.
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