Sangue feito em laboratório
Pesquisadores conseguiram pela primeira vez produzir em laboratório uma linhagem de "células imortais" para produzir glóbulos vermelhos.
Uma linhagem de células imortais significa que essas células conseguem se reproduzir indefinidamente, mantendo a produção das células sanguíneas, ao contrário das técnicas atuais, que dependem de um suprimento contínuo de células-tronco.
Embora ainda haja muito trabalho a fazer, este é um passo importante rumo à produção de sangue artificial, eliminando problemas das transfusões, como a contaminação, a falta de suprimento por doadores e a inexistência de doadores de tipos sanguíneos muito raros.
A técnica de fabricação de glóbulos vermelhos em uma escala mais eficiente do que qualquer coisa que já havia sido conseguida antes, foi desenvolvida por uma equipe da Universidade de Bristol e do sistema de saúde britânico (NHS). Em 2012, outra equipe já havia conseguido produzir plaquetas sintéticas.
Sangue artificial
Até agora, as pesquisas para fabricação de sangue artificial vinham se concentrando no cultivo de células-tronco de doadores para a produção direta de glóbulos vermelhos maduros. Contudo, este método até agora só permite produzir um pequeno número de células maduras, e requer doações contínuas.
A equipe britânica desenvolveu uma técnica que permite a produção de linhagens de células eritroides imortalizadas a partir de células-tronco adultas. Estes glóbulos vermelhos prematuros podem ser cultivados indefinidamente, permitindo uma produção em grande escala, antes de serem diferenciados em glóbulos vermelhos maduros.
"Adotando uma abordagem alternativa, geramos a primeira linhagem eritroide adulta humana imortalizada (Bel-A - Bristol Erythroid Line Adult). E, ao fazer isto, demonstramos uma rota viável para a produção sustentável de células vermelhas para uso clínico em cultura in vitro," disse o Dr. Jan Frayne, da Universidade de Bristol.
O NHS havia anunciado, em 2015, planos para realizar ensaios em humanos de sangue artificial. Este primeiro ensaio, contudo, ainda não usará as células Bel-A, baseando-se em uma técnica de produção de sangue artificial a partir células-tronco que vem sendo desenvolvida desde 2009.
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