Tenecteplase
As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) passarão a contar com medicamentos trombolíticos, que podem diminuir em até 17% o número de mortes por infarto agudo do miocárdio.
O tenecteplase é um medicamento aplicado de forma muito simples. Mesmo assim, as equipes das ambulâncias receberão treinamento adicional para a tarefa.
"O infarto é a obstrução, o entupimento da artéria coronária, a artéria do coração. A partir do momento em que a artéria entope, o músculo do coração para de funcionar, o coração para de funcionar e a pessoa pode ter uma parada cardíaca. Com esse medicamento, o trombo se dissolve na hora, e o coração volta a ter circulação e não há parada cardíaca", explicou José Eduardo Fogolin Passos, do Ministério da Saúde.
Segundo ele, se o sistema de atendimento levar menos de uma hora para desobstruir a artéria do paciente, há 15% de risco de morte. Caso a desobstrução ocorra em até duas horas, o risco de morte pode dobrar.
Trombolítico
Estudos sugerem que cidades que usam esse medicamento no sistema móvel de atendimento podem reduzir em até 17% o número de mortes por infarto.
Quando o paciente escapa da morte depois de um infarto, ele ainda pode ficar com sequelas, como insuficiência cardíaca, devido à perda de um músculo cardíaco, situação que o trombolítico também pode evitar.
Todas as ambulâncias do Samu que tenham médicos, e até mesmo embarcações e o atendimento aéreo da rede pública de municípios que aderirem ao sistema receberão verba para comprar o medicamento.
Algumas prefeituras já usam o tenecteplase, mas, com a nova norma, o Ministério da Saúde passa financiar o medicamento.
O custo do medicamento para todo o Brasil está estimado em R$ 8,5 milhões anuais.
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