Falar e ouvir
Há um ditado que afirma que as orelhas que mais precisam escutar são as que ficam mais próximas da boca que fala.
Parece que há uma verdade científica muito patente por trás dessa sabedoria popular.
Cientistas usaram crianças e um robô para demonstrar que a melhor maneira de aprender é ensinar.
A velha máxima foi posta à prova por um robô em sala de aula cujo objetivo era ajudar crianças a aprender inglês.
Dúvida robótica
Shizuko Matsuzoe e Fumihide Tanaka, da Universidade de Tsukuba (Japão) observaram 19 crianças com idades entre 4 e 8 anos interagindo com um robô humanoide em sala de aula.
As crianças participaram de um jogo de aprendizagem em que elas tinham que desenhar a forma correspondente a palavras em inglês, como "círculo", "quadrado", "crescente" e "coração".
De uma sala ao lado da sala de aula, as pesquisadoras operavam por controle remoto um robô, chamado Nao, para que ele assumisse dois comportamentos distintos.
No primeiro, o robô se comportava como um instrutor, desenhando a forma correta para as crianças.
No segundo, o robô parecia fraco e frágil, cometia erros e agia como se não soubesse a resposta. Nesta situação, os pesquisadores incentivavam as crianças a assumir o papel de cuidadores do robô.
Aprendendo ao ensinar
Quando o robô cometia erros, a criança podia "ensinar" o robô como desenhar a forma correta, guiando sua mão.
O robô então ou "aprendia" a palavra em inglês para essa forma ou continuava a cometer erros.
Matsuzoe e Tanaka descobriram que as crianças se saíram melhor quando o robô parecia aprender com eles.
Essa situação também tornou as crianças mais propensas a querer continuar a interagir com o robô e usá-lo como ferramenta de aprendizagem na sala de aula.
Assim, tentar construir robôs extremamente inteligentes para impressionar as crianças pode ser a estratégia errada para que as crianças aprendam com a ferramenta.
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