Engenharia óssea
Ondas sonoras foram usadas pela primeira vez para transformar células-tronco em células ósseas, em um avanço da engenharia de tecidos que, no futuro, poderá ajudar os pacientes a regenerar ossos perdidos por câncer ou doenças degenerativas.
O tratamento inovador supera alguns dos maiores desafios do campo, graças à precisão com que as ondas sonoras de alta frequência podem ser aplicadas.
A engenharia de tecidos é um campo emergente que visa reconstruir ossos e músculos, aproveitando a capacidade natural do corpo humano de se curar. Um desafio-chave na regeneração óssea em particular é a necessidade de grandes quantidades de células ósseas que precisam prosperar e florescer para dar origem a um osso íntegro.
Até o momento, os processos experimentais para transformar células-tronco adultas em células ósseas dependem de equipamentos complicados e caros e, mesmo assim, nunca alcançaram uma produção em massa de células ósseas, tornando irrealista a aplicação clínica generalizada. Além disso, os poucos ensaios clínicos que tentaram regenerar ossos usaram células-tronco extraídas da medula óssea do paciente, um procedimento altamente doloroso.
Células-tronco ativadas por som
Lizebona Ambattu e seus colegas da Universidade RMIT (Austrália) adotaram uma técnica radicalmente diferente: Eles desenvolveram um protocolo para tratar as células-tronco com ondas sonoras de alta frequência, o que as fez transformarem-se em células ósseas de forma rápida e eficiente.
As ondas sonoras de alta frequência são geradas por um microchip de baixo custo desenvolvido na própria universidade.
Outro fator de destaque é que o tratamento mostrou-se eficaz em vários tipos de células, incluindo células-tronco derivadas de gordura, que são muito menos dolorosas para se extrair de um paciente.
"As ondas sonoras reduzem em vários dias o tempo de tratamento geralmente necessário para que as células-tronco comecem a se transformar em células ósseas. Este método também não requer drogas especiais 'indutoras de osso' e é muito fácil de aplicar às células-tronco. Nosso estudo descobriu que essa nova abordagem tem um forte potencial para ser usada no tratamento de células-tronco [em ambiente clínico]," disse a pesquisadora Amy Gelmi.
A próxima etapa da pesquisa será investigar métodos para fazer com que tudo funcione em larga escala, trabalhando para o desenvolvimento de biorreatores práticos para impulsionar a diferenciação das células-tronco com maior eficiência.
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