Disseminação do zika
Desde 2007, quando foi detectada a primeira grande epidemia do zika, em Yap, na Micronésia, 70 países e territórios já notificaram a transmissão do vírus por mosquitos - sendo 67 deles a partir do ano passado.
Os dados estão no mais recente relatório de situação sobre zika, microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No relatório do mês passado eram 61 países com circulação do zika.
Apesar da disseminação do vírus, a avaliação de risco da OMS não mudou. O vírus continua se propagando geograficamente para áreas onde os vetores, como o Aedes aegypti, estão presentes.
Além disso, os casos recentes de zika na África destacam a necessidade de se compreender melhor a virologia do surto global. Até agora, surtos da estirpe asiática do vírus zika parecem estar mais associados a distúrbios neurológicos e congênitos do que os casos históricos da linhagem africana. No entanto, devido aos poucos casos conhecidos dessa linhagem, é possível que essas complicações nunca tenham sido identificadas.
Assim, o relatório afirma que continua a ser crucial sequenciar o zika isolado, particularmente nos casos da África, para entender se realmente houve uma verdadeira mudança nas manifestações clínicas da infecção por zika desde o primeiro surto identificado em 2007.
Estudos entomológicos
A OMS avalia que mais estudos entomológicos (sobre os insetos transmissores) devem ser priorizados em regiões recentemente afetadas para compreender a dinâmica da transmissão, melhorar as avaliações de risco localizadas e focar em intervenções de controle de vetores, sobretudo na educação da população.
O relatório também aponta que 17 países e territórios reportaram casos de microcefalia e/ou má-formação do sistema nervoso central e 18 registraram casos de Síndrome de Guillain-Barré potencialmente associados à infecção pelo vírus zika.
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