16/04/2009

Obesidade está ligada à insulina, e não aos genes, descobrem cientistas

Redação do Diário da Saúde
A obesidade está ligada à insulina, e não aos genes, descobrem cientistas
Células geneticamente idênticas acumulam quantidades muito variadas de gordura, apoiando a ideia de que nem todos os processo biológicos estão codificados nos genes.
[Imagem: Weldon School of Biomedical Engineering, Purdue University]

Gordura e genética

Pesquisadores encontraram novas evidências sugerindo que outros fatores, que não os genéticos, podem causar obesidade. Eles descobriram que células geneticamente idênticas armazenam quantidades de gordura muito diferentes dependendo de variações sutis na forma como essas células processam a insulina.

Os pesquisadores descobriram que quanto mais rápido a célula processa a insulina, mais gordura ela armazena.

O entendimento do mecanismo preciso do armazenamento da gordura no interior das células pode levar à descoberta de novas técnicas para controlar a obesidade.

Relação entre insulina e obesidade

"As descobertas do nosso estudo também serão importantes para entender o papel preciso na insulina na obesidade ou na diabetes tipo 2, e para o desenvolvimento de estratégias efetivas de intervenção," diz o Dr. Ji-Xin Cheng, professor da Universidade Purdue (Estados Unidos).

Outros pesquisadores haviam sugerido que determinados "genes da obesidade" podem estar associados com o armazenamento excessivo de gordura nas células (veja Descobertos genes que armazenam gordura nas células).

Entretanto, os pesquisadores confirmaram que esses genes da gordura estavam expressos, ou ativados, em todas as células. E ainda assim, a quantidade de gordura armazenada nas células variou drasticamente - de zero, em alguns casos, até um acúmulo generalizado de gordura no interior da célula.

Nem tudo está nos genes

"Este trabalho dá apoio a um ponto de vista emergente de que nem todas as informações biológicas nas células estão codificadas no material genético," diz Thuc T. Le, outro membro da equipe.

"Nós descobrimos que a variabilidade do armazenamento de energia é dependente de como as células processam a insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas após as refeições para acionar a captação de glicose a partir do sangue para o fígado, músculos e células adiposas."

As descobertas foram publicadas no jornal PLoS ONE.

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