09/06/2017

O filósofo estava certo: Beleza exige pensamento

Redação do Diário da Saúde
O filósofo estava certo: Beleza exige pensamento
"Nossos resultados mostram que muitas outras coisas além da arte podem ser belas."
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Beleza e pensamento

Será que a experiência da beleza - achar alguma coisa bela - exige que a pessoa pense? E os prazeres sensuais, como comer ou receber um carinho, podem ser lindos, ou se enquadram em alguma outra categoria? O amor é mesmo lindo?

Perguntas como essas têm ocupado os filósofos há muito tempo. Immanuel Kant fez uma defesa famosa de que a beleza requer o pensamento, ao contrário do prazer sensual, que, segundo ele, nunca pode ser bonito.

Psicólogos decidiram então colocar essas noções filosóficas à prova em uma série de experimentos com voluntários. E eles garantem que Kant estava certo em uma de suas afirmações, mas errado na outra.

Os resultados mostram que distrações de fato prejudicam a experiência da beleza. Em outras palavras, é preciso pensar para experimentar a beleza ao olhar para uma bela imagem. Por outro lado, as pessoas também sentem que os prazeres dos sentidos podem ser bonitos.

Beleza, prazer e pensamento

"Nós constatamos que a beleza, quando surge, é fortemente agradável, e que o prazer forte é sempre bonito," afirmaram Denis Pelli e Aenne Brielmann, da Universidade de Nova York. "O prazer e a beleza fortes, ambos requerem pensamento."

Enquanto a experiência envolvendo objetos não-bonitos não foi alterada pela distração, a mesma distração eliminou a impressão de beleza quando a pessoa via uma imagem anteriormente considerada bonita. Em outras palavras, Kant estava certo. A beleza exige pensamento.

No entanto, ao contrário da proposta de Kant de que os prazeres sensuais nunca podem ser lindos, cerca de 30% dos participantes disseram que definitivamente experimentaram beleza depois de provar um doce ou tocar um ursinho de pelúcia.

"Nossos resultados mostram que muitas outras coisas além da arte podem ser belas - até mesmo doces," disse Brielmann. "Mas, para o prazer máximo, nada bate a beleza sem distrações."

Criatividade e feiúra

Os pesquisadores planejam continuar esta linha de pesquisa na esperança de responder a perguntas sobre o papel da beleza em nossas vidas.

Por exemplo, propõem eles: "Há pessoas que não podem experimentar a beleza? Que papel a beleza desempenha na tomada de decisões? É necessário um sentimento de beleza para a criatividade? E a feiúra, será o oposto da beleza ou é uma dimensão separada?"

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Sentimentos

Felicidade

Comportamento

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.