Fumantes ativos e passivos
Nos últimos oito anos, o número de fumantes passivos diminuiu quase pela metade.
De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, feita nas 26 capitais e no Distrito Federal, a proporção de pessoas que não fumam mas são expostas à fumaça de cigarro caiu de 12,7% em 2009 para 7,3% no ano passado, o que representa uma queda de 42,5%.
Os dados foram apresentados como comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo passivo foi a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, ficando atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
Durante o evento para anúncio dos dados, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse ser favorável ao aumento no preço de cigarros, seguindo recomendações mundiais de desestímulo ao uso do tabaco.
Caso o preço subisse em 50%, calculam os técnicos do Ministério, poderiam ser evitadas mais de 130 mil mortes nos próximos dez anos, mais de 500 mil infartos e outros eventos cardíacos, além de 100 mil acidentes vasculares cerebrais.
Segundo o ministro da saúde, o aumento do preço dos cigarros tem que ser tomada simultaneamente com o combate ao contrabando, pois, se o preço aumentar, "inevitavelmente", o comércio ilícito também subirá. O ministro acrescentou, porém, que a medida ainda precisa ser discutida entre outros órgãos do governo, como os ministérios da Fazenda e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Queda de fumantes
De acordo com a pesquisa, a incidência de fumantes também vem caindo: de 15,7% em 2006 para 10,2% em 2016, uma diminuição de 35% no período.
As reduções se devem, em parte, pelas medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos atendendo a recomendações da OMS, como a proibição da propaganda comercial de cigarros, o estabelecimento de preços mínimos e o aumento da taxação dos produtos. Além disso, o fumo em ambientes de uso coletivo foi proibido em 2014, acabando com as áreas para fumantes e os chamados fumódromos.
Segundo o ministério, 428 pessoas morrem por dia em decorrência de doenças cuja causa é atribuível ao tabagismo, número que representa 12,6% de todas as mortes que ocorrem no Brasil. Somente no ano de 2015, mais de 155 mil mortes foram atribuídas a doenças cardiovasculares e pulmonares, além de diferentes tipos de câncer.
O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) também voltaram a defender a proibição do uso de aditivos que dão aromas e sabores adocicados aos cigarros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou uma resolução em 2012 que restringe o uso das substâncias, mas desde 2013 o Supremo Tribunal Federal concedeu uma decisão liminar permitindo os aditivos até que o caso fosse julgado em definitivo, o que até hoje não ocorreu.
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