Sensor de pesticida
Pesquisadores suecos desenvolveram um pequeno sensor que detecta pesticidas e agrotóxicos em frutas, dando o resultado em apenas alguns minutos.
A técnica usa nanopartículas de prata pulverizadas para aumentar o sinal emitido pelos compostos químicos perigosos. Embora ainda estejam em estágio inicial de desenvolvimento, os pesquisadores afirmam que esses nanossensores poderão ajudar a descobrir pesticidas alimentares antes da compra.
"Relatórios mostram que até metade de todas as frutas vendidas contêm resíduos de pesticidas que, em maior quantidade, estão ligados a problemas de saúde humana," disse o professor Georgios Sotiriou, do Instituto Karolinska. "No entanto, as técnicas atuais para detectar pesticidas em produtos individuais antes do consumo são restritas na prática pelo alto custo e pela fabricação complicada de seus sensores".
"Para superar isso, desenvolvemos nanossensores baratos e reprodutíveis que podem ser usados para monitorar vestígios de pesticidas de frutas, por exemplo, no supermercado," acrescentou.
Pesticidas nas frutas
Embora estes nanossensores representem o estado da arte em termos de nanotecnologia, eles se baseiam em uma descoberta da década de 1970, conhecida como SERS (sigla em inglês para espalhamento Raman aprimorado pela superfície), uma poderosa técnica de detecção que pode aumentar os sinais de diagnóstico de biomoléculas em mais de 1 milhão de vezes.
Os pesquisadores criaram um nanossensor SERS usando pulverização a quente - uma técnica bem estabelecida e econômica para depositar um revestimento metálico - para inserir pequenas gotas de nanopartículas de prata em uma superfície de vidro, formando o sensor.
Os sensores detectaram de forma confiável e uniforme os sinais moleculares e seu desempenho permaneceu intacto quando testados novamente após 2,5 meses, o que ressalta seu potencial de vida útil e viabilidade para produção em larga escala, de acordo com os pesquisadores.
"Nossos sensores podem detectar resíduos de pesticidas em superfícies de maçã em um curto período de cinco minutos sem destruir a fruta", exemplificou o pesquisador Haipeng Li. "Embora eles precisem ser validados em estudos maiores, oferecemos uma aplicação prática de prova de conceito para testes de segurança alimentar em escala antes do consumo."
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