03/10/2013

Nanopartículas em cosméticos e protetores solares podem fazer mal à pele

Redação do Diário da Saúde
Nanopartículas em cosméticos e protetores solares podem fazer mal à pele
O TiO2 pode causar efeitos potencialmente tóxicos quando exposto à luz ultravioleta, que está presente nos raios do Sol, e é o mesmo tipo de luz contra a qual o composto supostamente oferece proteção.
[Imagem: Turci et al./ACS-CRT]

Você imaginaria que um produto recomendado para cuidar da sua pele pudesse na verdade danificar sua pele?

Pois um tipo particular de um ingrediente comum em cosméticos, produtos alimentícios, cremes dentais e protetores solares pode de fato impor riscos à sua saúde.

É o que alertam o Dr. Francesco Turci e sua equipe da Universidade de Turim (Itália).

Dióxido de titânio

O dióxido de titânio (TiO2) é geralmente considerado um ingrediente seguro em produtos para a pele porque ele não penetra a pele saudável.

Mas há um problema.

Pesquisas já mostraram que o TiO2 pode causar efeitos potencialmente tóxicos quando exposto à luz ultravioleta, que está presente nos raios do Sol, e é o mesmo tipo de luz contra a qual o composto supostamente oferece proteção.

Para tentar tornar o dióxido de titânio mais seguro para uso humano, Turci e seus colegas começaram a testar diferentes formas do composto, cada um com sua própria arquitetura atômica.

Eles testaram nanopartículas de dióxido de titânio em pele de porco - o meio mais comum de testar substâncias desse tipo - com iluminação interna, que tem muito pouca luz ultravioleta.

Rutilo e atanásio

Os resultados mostraram que uma das duas formas cristalinas mais utilizados do TiO2, chamada rutilo, é facilmente lavada e tem pouco efeito sobre a pele.

O anatásio, porém, a outra forma de titânio comumente usada, foi difícil de lavar e danificou a camada mais externa da pele, mesmo em condições de pouca luz ultravioleta.

Aparentemente ele provoca danos através de "radicais livres", geralmente associados com o envelhecimento da pele.

"Estes resultados encorajam fortemente o uso do rutilo, menos reativo e carregado negativamente, para a produção de cosméticos e farmacêuticos à base de TiO2 mais seguros," concluem os pesquisadores.

As nanopartículas têm preocupado cada vez mais os consumidores, sobretudo depois que cientistas defenderam que as nanopartículas podem ser tão perigosas quanto o amianto e podem danificar o DNA de células protegidas por barreira celular.

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