Sabedoria das multidões
A maioria das pessoas já ouviu falar sobre a "sabedoria da multidão" - a resposta dada pela multidão geralmente será melhor do que a resposta de qualquer indivíduo.
Isso é geralmente aferido em experimentos que envolvem pedir a todos os indivíduos de um grande grupo para responder a uma pergunta - como quantos feijões estão em um frasco. A média das respostas geralmente é a melhor estimativa.
Funciona bem com feijões, mas estudos mais recentes têm mostrado que mais cabeças nem sempre levam às melhores decisões e que a popularidade é a principal arma das massas, e não necessariamente a resposta mais correta.
Mas parece que pode haver uma maneira de melhorar a precisão das respostas da multidão.
Uma equipe de pesquisadores de universidades da Alemanha, Argentina e EUA descobriu que separar as pessoas de uma determinada multidão em grupos menores e deixá-las conversar sobre o problema em questão antes de uma resposta ser dada melhora a precisão dos resultados.
Aumentando a sabedoria da multidão
Alguns sociólogos sugeriram que permitir que os participantes de uma multidão conversem uns com os outros antes de dar as respostas em experimentos do tipo "sabedoria das multidões" reduziria a precisão da resposta média final porque provavelmente levaria a um comportamento de manada, também conhecido como mentalidade de rebanho.
Os resultados deste novo experimento sugerem que isso não é necessariamente verdade.
Os pesquisadores pediram a 5.180 pessoas em uma palestra TED, em Buenos Aires, para responder a várias perguntas simples, como estimar a altura da Torre Eiffel ou o número de gols marcados na Copa do Mundo.
Cada um dos entrevistados dava uma resposta em particular, e depois se juntava a um grupo com quatro outros indivíduos para discutir a questão. Após um minuto em cada tópico, cada um dos grupos anunciava sua resposta consensual para as mesmas perguntas.
As respostas médias dos 280 grupos de cinco (nem todos que responderam à questão individualmente se dispuseram a se juntar a um grupo) foram 49,2% mais precisas do que a resposta média da multidão como um todo.
Isso indica que permitir que algumas discussões lógicas sobre a questão pode melhorar os resultados, escreveram Joaquin Navajas e seus colegas em um artigo publicado na revista Nature Human Behaviour.
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