02/03/2020

Medicamento criado por inteligência artificial será usado em humanos pela primeira vez

Com informações da BBC
Medicamento criado por inteligência artificial será usado em humanos pela primeira vez
"Os algoritmos são agnósticos e, portanto, podem ser aplicados a qualquer doença."
[Imagem: Exscientia/Divulgação]

Remédio criado por inteligência artificial

Um fármaco "inventado" por um programa de inteligência artificial (IA) será usada em testes em humanos pela primeira vez, algo inédito no uso do aprendizado de máquinas em Medicina.

O novo medicamento foi criado por pesquisadores britânicos - e sua empresa emergente Exscientia - em colaboração com a empresa farmacêutica japonesa Sumitomo Dainippon Pharma.

O medicamento será usado no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Normalmente, o desenvolvimento de medicamentos leva cerca de cinco anos para chegar à etapa dos ensaios clínicos, mas o medicamento criado por inteligência artificial levou apenas 12 meses.

"Temos visto a inteligência artificial [sendo usada] para diagnosticar pacientes e analisar dados e exames, mas esse é um uso direto da IA na criação de um novo medicamento," disse o professor Andrew Hopkins.

Mais inteligência para mais medicamentos

A molécula - conhecida como DSP-1181 - foi criada usando algoritmos que vasculharam possíveis compostos, comparando-os com um enorme banco de dados de parâmetros.

"São necessárias bilhões de decisões para encontrar as moléculas corretas e é uma decisão enorme para projetar um medicamento com precisão," disse Hopkins. "Mas a beleza dos algoritmos é que eles são agnósticos e, portanto, podem ser aplicados a qualquer doença".

O primeiro medicamento entrará em um ensaio clínico de primeira fase no Japão que, se for bem-sucedido, será submetido a novos testes em nível global.

A empresa já está trabalhando em medicamentos em potencial para o tratamento de câncer e doenças cardiovasculares e espera ter outra molécula pronta para testes clínicos até o final do ano.

"Este ano foi o primeiro a ter um medicamento projetado pela IA, mas até o final da década todos os novos medicamentos poderiam ser criados pela inteligência artificial," disse Hopkins.

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