A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial da linhagem OX513A do Aedes aegypti, pernilongo geneticamente modificado para controlar a população do vetor do vírus da dengue e, assim, combater a doença.
Enquanto, na Europa, uma conferência mundial discute a segurança dos alimentos geneticamente modificados, o Brasil dá um passo alheio aos alertas da própria comunidade científica, de que não há ainda informações suficientes para embasar a soltura de animais transgênicos no meio ambiente.
Desenvolvida pela empresa britânica Oxitec, a tecnologia consiste na inserção de dois genes em pernilongos machos, que, após serem liberados na natureza, copulam com fêmeas da população original e geram descendentes que não conseguem chegar à fase adulta.
As crias do OX513A também herdam um marcador que os torna visíveis sob uma luz específica. Segundo a companhia, isso facilita o monitoramento em campo e assegura o controle dos insetos.
No Brasil, o projeto ocorre em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a organização social Moscamed, por meio de uma biofábrica na cidade de Juazeiro (BA), onde laboratórios reproduzem e soltam pernilongos transgênicos desde 2011. Depois de ensaios em campo, a Oxitec protocolou a solicitação de liberação comercial na CTNBio em julho de 2013. O OX513A é o primeiro inseto geneticamente modificado a obter essa licença no país.
Substituto
Além da liberação comercial, o órgão definiu a necessidade de monitorar populações selvagens do pernilongo Aedes albopictus, outro vetor do vírus da dengue, devido ao risco de a espécie ocupar o nicho ecológico deixado pela supressão do Aedes aegypti original.
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