19/05/2014

Advogados confiam cada vez menos na Justiça brasileira

Com informações da Agência USP

A nota dos advogados brasileiros para a justiça no País caiu 3,4% em 2014, em comparação com o mesmo período de 2013.

Em uma escala que vai de zero (0) a cem (100), a nota final dos advogados para a justiça brasileira foi 30,8 contra 31,9 no ano passado - a medição é chamada Índice de Confiança dos Advogados na Justiça (ICAJ/Fundace).

O resultado é o pior desde 2011, quando a pesquisa começou a ser feita em nível nacional.

Com o resultado, a justiça brasileira segue abaixo no nível de confiança que é de 50 pontos.

O índice - chamado Índice de Confiança dos Advogados na Justiça (ICAJ) - foi desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP em Ribeirão Preto (SP).

O índice é composto por sete indicadores que avaliam a percepção dos advogados sobre: eficiência, honestidade, morosidade, facilidade de acesso, custo para a solução de litígios, falta de igualdade no tratamento das partes e perspectiva de futuro da justiça.

O indicador com pior avaliação continua sendo a rapidez na solução de litígios, com 11,5 pontos. Por outro lado, o melhor indicador continua sendo aquele referente à perspectiva de futuro da justiça brasileira, com nota 43,6.

Com exceção do indicador que mede os custos da solução de litígios, cuja nota apresentou alta de 24,5 para 26,8, todos os demais indicadores apresentaram queda.

Os empregados de escritórios de advocacia deram nota 33,6 à justiça brasileira e passaram a ser os mais otimistas, com alta de 4,6% em comparação com 2013. A categoria superou funcionários do setor jurídico de empresas e os próprios sócios de escritórios de advocacia cujas notas caíram 14,1% e 2%, respectivamente.

No que se refere às áreas de atuação, profissionais do direito tributário, comercial e administrativo são os mais otimistas com avaliações 31,8 pontos, 31,4 pontos e 31,1 pontos, respectivamente. A maior queda de confiança aconteceu entre os profissionais que atuam no direito civil (família) - 13,1%.

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