Visão biônica
Pesquisadores da Alemanha, Países Baixos e Suécia criaram um implante excepcionalmente pequeno, com eletrodos do tamanho de um único neurônio, e que ainda pode permanecer intacto no corpo ao longo do tempo.
É uma combinação única de vantagens que é promissora para futuros implantes de visão.
Quando uma pessoa fica cega, é comum que parte do olho fique danificada, mas o córtex visual do cérebro ainda está funcionando e aguardando informações. Isto levou ao desenvolvimento de tecnologias de estimulação cerebral para a restauração da visão, mas o conceito exige que milhares de eletrodos sejam inseridos em um implante para acumular informações suficientes para criar uma imagem - cada eletrodo representa um píxel da imagem.
"Essa imagem não seria o mundo como alguém com visão plena seria capaz de vê-lo. A imagem criada por impulsos elétricos seria como as placas em uma rodovia, um espaço escuro e alguns pontos que se iluminam dependendo da informação que você quer passar. Quanto mais eletrodos forem inseridos nela, melhor será a imagem," explicou a professora Maria Asplund, da Universidade de Tecnologia de Chalmers (Suécia).
Eletrodos do tamanho de células
A tecnologia de implantes atualmente em testes em pacientes humanos é da década de 1990, com vários fatores que precisam ser melhorados, por exemplo, o tamanho volumoso, cicatrizes no cérebro devido ao seu grande tamanho, materiais corroídos ao longo do tempo e materiais muito rígidos.
Em vez de trabalhar com agulhas miniaturizadas, o implante de visão criado pela equipe pode ser descrito como uma "fibra" com muitos eletrodos colocados em fila, um após o outro, tudo extremamente fino e com bom nível de flexibilidade.
Ao criar um eletrodo realmente pequeno, do tamanho de um único neurônio, os pesquisadores poderão encaixar muitos eletrodos em um único implante e construir imagens mais detalhadas. A mistura única de materiais flexíveis e não corrosivos torna esta uma solução a longo prazo para implantes de visão.
"A combinação de polímeros metálicos condutores que implementamos é revolucionária para implantes de visão, pois significaria que eles poderiam permanecer funcionais durante toda a vida útil do implante. Agora sabemos que é possível fazer eletrodos tão pequenos quanto um neurônio (célula nervosa) e manter este eletrodo funcionando efetivamente no cérebro por longos períodos de tempo, o que é promissor, já que isso estava faltando até agora. O próximo passo será criar um implante que possa ter conexões para milhares de eletrodos," disse Asplund.
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