Implante contra dor
Um dispositivo inflável ultrafino foi projetado para tratar as formas mais severas de dor - e sem a necessidade de cirurgia invasiva.
O dispositivo usa uma combinação de técnicas de fabricação robótica, eletrônica e microfluídica, a tecnologia dos biochips.
O aparelho é tão fino - aproximadamente da largura de um fio de cabelo humano - que pode ser enrolado, inserido dentro de uma agulha de seringa e então implantado no espaço epidural da coluna vertebral, a mesma área onde as injeções são administradas para controlar a dor durante o parto.
Uma vez posicionado corretamente, o pequeno aparato é inflado com água ou ar, para que se desenrole como um pequeno colchão de ar, cobrindo uma grande seção da medula espinhal. Quando seus conectores são conectados a um gerador de pulsos, pequenas correntes elétricas são enviadas para a medula espinhal, interrompendo os sinais de dor.
Os primeiros testes confirmam que este é um tratamento eficaz para muitas formas de dor severa - incluindo dores nas pernas e nas costas - que não são curadas com analgésicos. O aparelho também poderá no futuro ser adaptado para um potencial tratamento para paralisia ou doença de Parkinson.
No entanto, testes extensivos e ensaios clínicos serão necessários antes que ele possa ser usado em pacientes.
Estimulação da medula espinhal
Embora já existam outros tipos de dispositivos de estimulação da medula espinhal para tratar a dor intensa, os mais eficazes são volumosos e requerem uma cirurgia invasiva, enquanto os dispositivos que podem ser inseridos por laparoscopia são muito menos eficazes no tratamento da dor.
Ao combinar a eficácia clínica dos dispositivos cirúrgicos e a facilidade de implantação dos dispositivos laparoscópicos, o novo aparelho promete ser uma solução eficaz e de longo prazo para a dor intratável, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
"Nosso objetivo era fazer algo que fosse o melhor dos dois mundos - um dispositivo que seja clinicamente eficaz, mas que não exija uma cirurgia complexa e arriscada," disse o Dr. Christopher Proctor, da Universidade de Cambridge (Reino Unido). "Isso pode ajudar a levar esta opção de tratamento capaz de mudar a vida [dos pacientes] para muito mais pessoas."
A equipe já está trabalhando com um parceiro industrial para desenvolver o aparelho e transformar o protótipo de laboratório em um produto comercial. Eles estimam que os testes em pacientes possam começar dentro de dois a três anos.
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