Apesar de todo o seu potencial, o ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata) está na base de apenas um produto comercial, que contém cerca de 1% do princípio ativo da planta.
É esta realidade que pesquisadores da Unicamp estão tentando mudar.
O grupo da professora Maria Ângela de Almeida Meireles desenvolveu uma técnica para extrair um extrato muito mais rico em beta-ecdisona e com baixa perda de material.
A beta-ecdisona, princípio ativo do ginseng brasileiro, pode ser usada em medicamentos fitoterápicos voltados ao tratamento de perda de memória e em saponinas, substâncias usadas em emulsões para a fabricação de cosméticos e alimentos.
O ginseng brasileiro é uma planta de pequeno porte, característica que permite o seu cultivo em vasos ou canteiros. Mas o que incomodou os pesquisadores brasileiros foi a baixa taxa de extração do princípio ativo e a grande quantidade de material jogado fora pelo processamento tradicional.
Assim, eles transformaram a busca pelo aproveitamento integral das raízes e das partes aéreas da Pfaffia glomerata em uma chance para explorar diferentes usos para os resíduos da fabricação do produto comercial.
Extrato do ginseng brasileiro
"A produção de um extrato como esse que já desenvolvemos e o uso das partes aéreas deixadas no campo durante a colheita das raízes - sobre o qual ainda nos debruçamos - podem contribuir significativamente para a viabilidade econômica de uma futura biorrefinaria para o aproveitamento da biomassa ginseng", afirmou Diego Tresinari dos Santos, membro da equipe.
Estão agora em andamento as etapas dedicadas à purificação, para o aumento da concentração do composto ou para a remoção de substâncias indesejáveis, e à encapsulação dos extratos.
Para aproveitar o material residual que sobra após a extração dos princípios ativos, os pesquisadores encontraram, até o momento, três alternativas promissoras: utilização como biossorvente de metais pesados, como fonte de açúcares para a produção de bioetanol e como combustível para a produção de bioeletricidade.
Outro grupo brasileiro, ligado à USP, está estudando o uso da planta no combate ao câncer:
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