DNA compartilhado
Os humanos modernos existem há cerca de 350.000 anos. Nesse período, continuamos a evoluir e nosso DNA mudou - mas apenas uma pequena porcentagem do nosso genoma pode ser exclusiva desta nossa linhagem evolutiva.
Cientistas usaram uma nova ferramenta, chamada SARGE (Speedy Ancestral Recombination Graph Estimator), que permitiu pela primeira vez estimar a ancestralidade de uma pessoa.
Mais especificamente, a ferramenta ajudou a identificar quais partes do genoma humano moderno não são compartilhados com outros hominídeos - o que significa que não estavam presentes nos ancestrais que compartilhamos com os Neandertais e os Denisovanos e também não foram introduzidos no material genético humano através do cruzamento com esses humanos antigos.
"Em vez de construir uma árvore com todo o genoma, que mostra como um monte de genomas estão relacionados em um genoma completo médio, queríamos saber como é a ancestralidade dos indivíduos em locais específicos do genoma. Basicamente, queríamos ser capazes de mostrar como todos estão relacionados em cada posição variável no genoma," explicou o professor Nathan Schaefer, da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA).
A equipe analisou um genoma de denisovano, dois de neandertais e 279 genomas humanos modernos, para tentar distinguir quais partes do genoma separam os humanos modernos dos hominíneos arcaicos.
Eles descobriram que apenas algo entre 1,5 e 7% do genoma humano moderno é exclusivo para nós.
Humanos, Neandertais e Denisovanos
O dado pode parecer baixo, mas isso se deve em parte porque herdamos bastante DNA das antigas espécies ancestrais que deram origem aos humanos modernos e aos Neandertais e Denisovanos. Além do mais, os humanos modernos cruzaram com Neandertais e Denisovanos, captando ainda mais DNA que não é exclusivo da nossa linhagem.
Mas sabemos que a forma exata assumida por essa pequena quantidade de DNA de Neandertal varia de indivíduo para indivíduo - o que significa que duas pessoas podem ter 2% de DNA de Neandertal, mas compartilhar pouco DNA de Neandertal em comum.
E essas diferenças se somam: Algumas estimativas sugerem que cerca de 40% do genoma do Neandertal pode ser reunido pela combinação de informações genéticas de uma ampla variedade de pessoas vivas.
As mutações, que contribuem para características exclusivamente humanas, estão contidas em uma pequena parte do genoma e parecem afetar principalmente os genes relacionados ao desenvolvimento do cérebro.
"Saber como essas variantes afetam as capacidades mentais humanas pode nos ajudar a entender as diferenças cognitivas entre humanos e neandertais," disse Montgomery Slatkin, da Universidade da Califórnia em Berkeley, coautor do trabalho.
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