Pessoas infectadas pelo HIV carregam diferentes vírus da doença, e todos com personalidades distintas.
Ainda que cerca de 76% das infecções pelo HIV surjam de um único tipo de vírus, alguns são mais infecciosos do que outros.
Agora, os cientistas acreditam poder identificar o culpado, efetuando medições muito precisas da quantidade de uma proteína-chave do vírus HIV.
Vírus na gaiola de luz
Quantificar essa proteína-chave pode revelar qual desses muitos vírus presentes realmente causou a infecção.
Usando sua técnica óptica, os pesquisadores conseguiram capturar uma única partícula viral - um único HIV - e estudá-lo com resolução molecular.
"Existem diferenças moleculares significativas nas partículas virais do HIV - algumas são muito perigosas e infecciosas, e algumas mais mansas. O vírus é muito heterogêneo," disse Wei Cheng, da Universidade de Michigan (EUA).
O estudo mostrou que as partículas do vírus HIV possuem diferentes quantidades de uma proteína que determina sua virulência, e que as partículas de vírus ricas nessa proteína são mais infecciosas do que as outras.
"Nossa técnica nos permite ver as diferenças mesmo ao nível de uma molécula, ou seja, se uma partícula do vírus difere da outra por uma única molécula, nosso instrumento pode detectar isso," contou Cheng.
Segundo ele, essa técnica abre a possibilidade de desenvolver drogas para atingir as características moleculares presentes nas cepas mais virulentas.
Pinça de luz
Para estudar as partículas virais individuais do HIV a equipe aperfeiçoou uma ferramenta já existente, chamada "pinça óptica", que usa luz para manipular partículas minúsculas.
O feixe de luz imobiliza o vírus, mantendo-o lugar para que ele possa ser estudado, livre de qualquer contato que possa perturbar ou distorcer sua estrutura.
Esta técnica permitirá, por exemplo, infectar células individuais com uma única partícula viral do HIV para determinar a virulência de cada tipo de vírus.
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