14/05/2014

Compras e felicidade: uma questão de experiência

Redação do Diário da Saúde
Experiência para ser feliz: Depende da sua personalidade
Os estudos mostram que até mesmo falar sobre experiências pode trazer felicidade.
[Imagem: Wikimedia/Yann]

Já está bem demonstrado que a felicidade aparece junto com pessoas, e não com coisas, e que dinheiro só traz felicidade se comprar experiências, e não bens materiais.

Mas um novo estudo mostra que é preciso tomar cuidado com generalizações.

As questões que se colocam são: 'Que tipo de experiência comprar?' e 'Quem vai comprar'?

A escolha de um passeio pode parecer trivial para pessoas que gostam de viajar e encontrar muita gente, mas não é nem pouco simples para quem não tem experiência nisso.

O fato é que uma pessoa sempre acostumada a buscar satisfação na compra de objetos materiais não tem experiência suficiente para comprar experiências.

Experiência e personalidade

"Compradores extremamente materialistas, que representam cerca de um terço do total da população, estão em uma espécie de armadilha. Eles realmente não ficam felizes com qualquer compra," explica Ryan Howell, da Universidade do Estado de São Francisco (EUA).

Que os bens materiais que compram não lhes preenchem a alma é algo já bem explicado. Ocorre que sua falta de experiência acaba levando-os a compras de experiências baseadas na opinião dos outros, o que as leva para eventos fora de sintonia com a sua própria personalidade e seus valores. Decepcionadas, elas podem voltar às compras materiais, desprezando a tábua de salvação.

"Eu sou um fã de futebol. Se você me disser: 'Vá gastar dinheiro com uma experiência de vida' e eu comprar ingressos para um jogo de futebol, isso seria autêntico para quem eu sou, e provavelmente vai me fazer feliz," detalha Howell.

"Por outro lado, eu não sou um grande fã de museus. Se eu comprar ingressos para um museu de arte, eu estaria gastando dinheiro em uma experiência de vida que parece que seria a escolha certa, mas isso não é verdade para a minha personalidade, e eu não vou ficar mais feliz com isso," completou.

Impulso da felicidade

E unicamente o fato de encontrar pessoas também parece não ser a solução.

Os compradores materialistas de fato sentiram-se mais perto de amigos ou familiares após uma compra experiencial. Esse sentimento de proximidade, no entanto, não foi suficiente para contrariar a falta de expressão da identidade e, portanto, fornecer o impulso da felicidade.

"Há uma série de razões para alguém comprar alguma coisa," disse Howell, "mas se o motivo é o de maximizar a felicidade, a melhor coisa para essa pessoa fazer é comprar uma experiência de vida que esteja alinhada com a sua personalidade."

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