Rastro biológico
Hábitos que estimulam o cérebro, cultivados ao longo da vida, estão associados com um nível mais baixo de uma proteína-chave no Mal de Alzheimer.
As tomografias (PET-Scan) do cérebro de pessoas sem sintomas de Alzheimer, que tinham hábitos cognitivamente estimulantes, mostraram menores depósitos de beta-amiloide, uma proteína associada com a doença neurodegenerativa.
Embora pesquisas anteriores já houvessem demonstrado que atividades como ler, escrever ou participar de jogos ajudam a retardar o aparecimento do Alzheimer, este estudo mostrou o rastro biológico dessas modificações.
Terapias cognitivas
Os pesquisadores afirmam que os resultados podem ajudar a estruturar novas estratégias de prevenção da doença, que apresenta uma prevalência crescente no mundo ocidental.
"Estas descobertas apontam para uma nova forma de pensar sobre como o engajamento em atividades cognitivas ao longo da vida afeta o cérebro," afirmou William Jagust, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA).
"Mais do que simplesmente oferecer resistência ao Alzheimer, as atividades estimuladoras do cérebro podem afetar um processo patogênico primário da doença.
"Isto sugere que terapias cognitivas podem ter benefícios significantes, alterando o curso da doença, se aplicadas cedo o bastante, antes que os sintomas apareçam," propõe Jagust.
Associação independente
Os pesquisadores identificaram uma associação significativa entre elevados níveis de atividade cognitiva e baixos níveis de beta-amiloide.
Entre essas atividades cognitivas estão incluídas ler livros e jornais e escrever cartas ou e-mails, além de jogos e passatempos, como quebra-cabeças.
Eles analisaram o impacto de outros fatores, como memória, atividades físicas, nível educacional e gênero, e constataram que as atividades cognitivas têm uma associação independente com a deposição da proteína beta-amiloide.
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