Vírus no espeto
Uma nova superfície capaz de matar vírus pelo simples contato promete ajudar a controlar a propagação de doenças em hospitais, laboratórios e outros ambientes de alto risco - e fazer isso a um custo mais baixo e sem o uso de químicos agressivos.
A superfície é feita de silício, com o material sendo tratado para criar uma floresta de minúsculos espinhos, que espetam os vírus ao entrar em contato com eles, destruindo-os ou tornando-os inócuos.
Testes de laboratório com o vírus hPIV-3 - que causa bronquite, pneumonia e crupe - mostraram que 96% dos vírus foram dilacerados ou danificados a ponto de não conseguirem mais se replicar para causar infecção.
As superfícies de nanoespinhos foram fabricadas a partir de uma pastilha de silício lisa, que é bombardeada com íons para remover estrategicamente o material. Mas a estratégia é inspirada na natureza, onde as asas de insetos como libélulas e cigarras têm uma estrutura pontiaguda em nanoescala que pode perfurar bactérias e fungos.
Imitar isso, no entanto, exigiu usar a última palavra em nanotecnologia, já que os vírus são dez vezes menores do que as bactérias, de modo que as agulhas devem ser correspondentemente menores para que possam ter algum efeito sobre eles.
"Nossa superfície destruidora de vírus parece um espelho preto plano a olho nu, mas na verdade tem pequenas pontas projetadas especificamente para matar vírus," disse a professora Natalie Borg, da Universidade RMIT (Austrália). "Este material pode ser incorporado em dispositivos e superfícies comumente tocados para prevenir a propagação viral e reduzir o uso de desinfetantes."
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