Terapeuta pessoal
Um sistema de computador inovador, e eventualmente polêmico, acaba de ser lançado por cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
O programa permite que "doentes de longo prazo" - portadores de doenças crônicas, por exemplo - gerenciem sua própria condição médica, sem necessitar da ajuda de profissionais de saúde.
O sistema, batizado de SMART ("esperto", ou "inteligente") funciona como um terapeuta pessoal ("personal therapist"), dando alertas, conselhos e fazendo checagens da saúde que normalmente requerem uma visita a um consultório médico.
Segundo seus idealizadores, essa tecnologia pioneira poderá economizar milhões aos sistemas públicos de saúde, detectando e registrando sinais de deterioração grave da saúde antes que o paciente seja aceito em uma nova internação hospitalar.
e-Doutor
Essa espécie de e-Doutor tira proveito da tecnologia dos smartphones para registrar a atividade do usuário e ajustar seus horários e sua agenda dependendo da avaliação que o próprio usuário faça do seu estado de saúde.
Um computador separado, um PC, rastreia indicadores de saúde mais fundamentais, como mudança de peso e pressão arterial, ao mesmo tempo que oferece conselhos e informações sobre a condição do usuário, tiradas a partir do monitoramento eletrônico e de uma base de dados.
Três versões do médico eletrônico estão sendo desenvolvidas para atender acidentes vítimas de acidentes vasculares cerebrais, pacientes com insuficiência cardíaca e portadores de dores crônicas.
"O SMART dará aos pacientes a oportunidade de melhorar sua aptidão física sem precisar dos profissionais de saúde. Eles serão incentivados a gerir os seus próprios cuidados de forma independente e aprender mais sobre sua condição conforme eles forem usando o sistema," diz a Dra Annette Haywood, membro da equipe que está desenvolvendo o programa.
Vantagens para médicos e sistema de saúde
Segundo a Dra Haywood, o SMART será ainda uma fonte vital de informações para os profissionais de saúde, que poderão consultar os dados armazenados e observar flutuações nas condições dos pacientes.
"É um sistema inovador que irá complementar os cuidados de saúde já existentes e com potencial para reconhecer quando se faz necessária uma assistência profissional adicional," diz a médica.
Sue White, ligada ao sistema de saúde do Reino Unido, é entusiasta da tecnologia: "Eu apoio firmemente este tipo de tecnologia assistiva. Ela permitirá que pessoas com problemas de saúde a longo prazo continuem com suas vidas normais, sem precisar fazer visitas constantes ao hospital e ao consultório médico.
"Por outro lado, [a tecnologia] pode ajudar a melhorar a produtividade e a eficiência do sistema de saúde e proporcionar uma melhor rentabilidade para cada centavo que gastamos com saúde. Isto é muito importante quando os orçamentos de saúde estão sob a pressão," conclui White.
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