Pensar em dinheiro aumenta a tendência das pessoas a se comportar de modo desonesto.
Por outro lado, pensar em tempo tem o efeito oposto.
A conclusão está em um artigo publicado no jornal científico Psychological Science.
Os autores submeteram centenas de voluntários a quatro experimentos envolvendo tarefas como resolver enigmas de palavras com letras misturadas.
As tarefas foram criadas para induzir os voluntários a pensar em "tempo", "dinheiro", ou em nada em particular.
Ao final das tarefas, os voluntários tinham de declarar quantos problemas haviam sido capazes de resolver.
Resultado: os participantes que tinham sido levados a pensar em dinheiro mentiram, citando um número maior de soluções que o real, muito mais do que os que haviam sido induzidos a pensar em tempo, e que os que tinham realizado as tarefas neutras.
Já pensar em tempo fez com que as pessoas trapaceassem menos do que os colegas que tinham pensado em dinheiro e até dos que haviam recebido os problemas neutros.
Os autores do estudo - das universidades de Harvard e da Pensilvânia - concluíram que pensar no conceito de tempo leva o indivíduo a refletir sobre sua vida, seu caráter e a imagem que tem de si mesmo, o que põe as questões éticas em perspectiva.
Já pensar em dinheiro parece levantar algum tipo de comportamento do tipo "vale tudo".
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