Desequilíbrio entre oxidantes e antioxidantes denuncia início de Alzheimer

Já se sabia que os chás - qualquer chá - protegem contra demência, provavelmente pela ação dos seus antioxidantes.
[Imagem: NUS]

Exame de marcadores oxidativos

Um desequilíbrio entre componentes oxidantes e antioxidantes no sangue é um indicador precoce da doença de Alzheimer - e não uma consequência.

Uma equipe do Instituto Nacional de Pesquisa Científica da França se concentrou especificamente na doença de Alzheimer "esporádica", a forma mais comum da doença, que resulta principalmente da presença do gene de susceptibilidade APOE4. Essa mesma forma da doença foi estudada pela equipe para outros marcadores iniciais.

Eles descobriram que os marcadores oxidativos, conhecidos por estarem envolvidos na doença de Alzheimer, começam a subir até cinco anos antes do início dos sintomas da doença.

Isso sugere que a oxidação pode ser um marcador precoce desta doença.

Ao contrário do conjunto atual de testes invasivos e caros usados para diagnosticar a doença de Alzheimer, os marcadores oxidativos podem ser detectados por um exame de sangue.

Esses marcadores são encontrados nas vesículas extracelulares do plasma, que são bolsas liberadas por todas as células do corpo, incluindo as do cérebro.

Ingestão de antioxidantes

Mais do que facilitar o exame, esta descoberta fornece um caminho para uma intervenção preventiva: A ingestão de antioxidantes.

"Dado que há um aumento do estresse oxidativo nas pessoas que desenvolvem a doença, nós podemos regular os sistemas antioxidantes. Por exemplo, poderíamos modular os sistemas antioxidantes, como as apolipoproteínas J e D, que transportam lipídios e colesterol no sangue e desempenham um papel importante na função cerebral e na doença de Alzheimer.

"Outra via seria aumentar a ingestão de antioxidantes por meio da nutrição," disse o professor Charles Ramassamy, coordenador da pesquisa.