Rede cerebral
Neurocientistas da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o cérebro é formado por circuitos interconectados em uma rede parecida com a internet.
A descoberta questiona uma hipótese longamente sustentada, de que haveria uma organização hierárquica no cérebro, onde áreas acessórias alimentariam as áreas "mais importantes", como a responsável pelo pensamento consciente.
Poucas regiões foram mapeadas em tão grande detalhe quanto o cérebro, tanto de animais quanto do próprio cérebro humano.
Apesar de todo esse conhecimento, contudo, o fato é que até hoje os cientistas não sabem como todas as partes falam umas com as outras.
"Nós começamos em um ponto e seguimos pelas conexões. Isto nos levou a uma série muito complexa de loops e circuitos. Não é um organograma. Não há nenhuma parte superior ou inferior lá," conta Larry W. Swanson, que desenvolveu a pesquisa juntamente com seu colega Richard H. Thompson.
Conectoma
Devido à complexidade da tarefa, o estudo agora realizado baseou-se em uma pequena área do cérebro de um rato, relacionado com o prazer obtido com a comida.
Mas os resultados representam um grande passo rumo a um melhor entendimento das conexões cerebrais - o chamado conectoma.
A maioria dos estudos anteriores que tentaram rastrear sinais pelo cérebro usaram apenas um sinal, em uma direção, em um único ponto.
"[Nós] podemos olhar para até quatro links em um circuito, no mesmo animal, ao mesmo tempo. Essa foi a nossa inovação técnica," explica o pesquisador, que acredita que o modelo da internet poderia explicar a capacidade que o cérebro tem para se recuperar de danos locais.
Embora o estudo não seja definitivo, os cientistas agora têm um modelo alternativo para pensar como o cérebro funciona.
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