Células-tronco do cordão umbilical
Ao contrário do que se acreditava, apenas um grupo das células-tronco extraídas do cordão umbilical e mantidas em cultivo em laboratório são úteis para aplicações terapêuticas.
A descoberta, feita por cientistas das universidades de Granada e Alcalá (Espanha), vai ajudar a evitar a condução de testes e estudos que levam inexoravelmente a resultados danosos, como o desenvolvimento de tumores.
A equipe do Dr. Antonio Campos Muñoz demonstrou que nem todas as células-tronco extraídas do cordão umbilical têm a mesma eficácia na hora de usá-las na medicina regenerativa ou na criação de tecidos artificiais.
Essa possibilidade existe para apenas um pequeno grupo dessas células, o que pode explicar os resultados contraditórios obtidos até agora pelos estudos que tentam aplicar as células-tronco do cordão umbilical para tratamentos.
Células idôneas
As células-tronco retiradas do cordão umbilical estão sendo alvo de interesse crescente porque não suscitam os dilemas éticos envolvendo as células-tronco embrionárias.
De todos os tipos de células existentes no cordão, as que mais têm sido estudadas são as chamadas células-tronco da gelatina de Wharton (ou geleia de Wharton), devido à sua fácil coleta, ao grande potencial para diferenciar-se em vários tecidos e às suas propriedades imunológicas.
Através de técnicas microanalíticas e da análise dos genes envolvidos na viabilidade celular, os pesquisadores mostraram que é necessário selecionar as células mais "idôneas", de forma comparável com o que acontece com a seleção dos melhores óvulos para fertilização in vitro.
O estudo também demonstrou a possibilidade de selecionar subgrupos de células de outras populações - além daquelas da gelatina de Wharton - ou de células-tronco de tecidos diferentes para aumentar sua eficácia terapêutica.
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