Capacete infantil
Um escâner cerebral vestível forneceu a imagem mais nítida do cérebro em desenvolvimento de crianças pequenas.
O aparelho abre novas possibilidades para rastrear como marcos críticos do desenvolvimento, como andar e falar, são sustentados por mudanças na função cerebral, e como surgem condições de neurodesenvolvimento como o autismo.
As células cerebrais funcionam e se comunicam produzindo correntes elétricas. Essas correntes geram pequenos campos magnéticos que podem ser detectados fora da cabeça. Isso já é feito rotineiramente em adultos, mas mapear o cérebro de crianças é mais delicado e problemático.
Foi para isso que Lukas Rier e colegas da Universidade de Nottingham (Reino Unido) desenvolveram um capacete especial para crianças, que permite medir os campos elétricos para gerar imagens de alta-fidelidade que mostram, milissegundo por milissegundo, quais partes do cérebro estão envolvidas quando realizamos tarefas.
Outras faixas etárias
O aparelho está longe de ser brincadeira de criança. Na verdade, o exame, chamado magnetoencefalografia, é baseado em tecnologia quântica, usando sensores do tamanho de peças de LEGO chamados magnetômetros bombeados opticamente (OPMs), que são incorporados ao capacete para medir os campos gerados pela atividade cerebral.
O projeto exclusivo permite que o sistema seja adaptado para qualquer faixa etária, desde crianças de dois anos de idade até adultos. Os sensores podem ser colocados muito próximos da cabeça, melhorando a qualidade dos dados. O aparelho também permite que as pessoas se movam enquanto o usam, tornando-o ideal para digitalizar crianças que têm dificuldade em permanecer imóveis em escâneres convencionais.
"O sistema vestível abriu novas oportunidades para estudar e compreender o cérebro das crianças em idades muito mais jovens do que era anteriormente possível com a magnetoencefalografia. Existem razões importantes para passar para participantes mais jovens: Do ponto de vista neurocientífico, muitos marcos críticos no desenvolvimento ocorrem no primeiro poucos anos (até meses) de vida. Se usarmos nossa tecnologia para medir as atividades cerebrais que sustentam esses marcos de desenvolvimento, isso irá oferecer uma nova compreensão da função cerebral," disse Lukas Rier.
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Neurociências | Cérebro | Exames | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.