Braço na posição incorreta superestima muito a pressão arterial

Os resultados do estudo ressaltam a importância de seguir as diretrizes clínicas ao medir a pressão arterial.
[Imagem: Tammy Brady]

Posição do braço para medir a pressão

E se, ao medir sua pressão arterial para controlar sua hipertensão, médicos e enfermeiros muitas vezes fizerem a coisa do modo errado, falseando suas medições?

Pois foi justamente esta a conclusão de Hairong Liu e colegas da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Eles descobriram que algumas formas usadas pelos profissionais de saúde para posicionar o braço dos pacientes durante os exames de pressão arterial geram valores substancialmente mais elevados do que o real, o que pode gerar diagnósticos incorretos de hipertensão.

A equipe comparou os efeitos de três posições diferentes do braço no qual o manguito é colocado: Braço apoiado em uma mesa, braço apoiado no colo e braço sem apoio, pendurado na lateral.

O apoio no colo superestimou a pressão sistólica (o número mais alto em uma leitura de pressão) em quase 4 mmHg, e o braço sem apoio, pendurado na lateral, superestimou a pressão sistólica em quase 7 mmHg.

"Os resultados confirmam que a posição do braço faz uma diferença enorme quando se trata de uma medição precisa da pressão arterial," disse a professora Tammy Brady. "Isto ressalta a importância de aderir às diretrizes clínicas, que exigem apoio firme sobre uma mesa ou outra superfície ao medir a pressão arterial."

Qual é a posição correta para medir a pressão?

As diretrizes de prática clínica mais recentes enfatizam várias etapas importantes para uma medição precisa da pressão arterial, incluindo tamanho apropriado do manguito, apoio para as costas, pés apoiados no chão com as pernas descruzadas, o manguito posicionado no nível do coração e uma posição apropriada do braço - o braço apoiado em uma mesa ou suporte adequado.

"Se você estiver medindo consistentemente a pressão arterial com um braço sem apoio, e isso lhe der uma pressão arterial superestimada de 6,5 mmHg, essa é uma diferença potencial entre uma pressão arterial sistólica de 123 e 130, ou 133 e 140 - o que é considerado hipertensão estágio 2," disse Sherry Liu, membro da equipe, destacando o risco de sobrediagnóstico da hipertensão, que tipicamente exige a ingestão contínua de medicamentos.