Gotas impulsionadas por luz
Engenheiros da Universidade de Hong Kong inventaram um novo tipo de biochip, que eles chamam de "processador microfluídico", que é totalmente controlado pela luz, sem contato, o que o torna livre de qualquer risco de contaminação.
O biochip promete servir como uma ferramenta útil para reduzir significativamente o risco de infecção dos profissionais de saúde da linha de frente em testes e exames de vírus e bactérias, além de minimizar o risco de contaminação durante qualquer processo médico ou farmacológico.
A tecnologia microfluídica envolve a manipulação precisa de vários líquidos, algo essencial em muitos campos.
A inovação da equipe consiste em usar a luz para empurrar os líquidos, permitindo manipulações sem contato como mover, misturar, dispensar e separar líquidos, tudo na mesma plataforma.
A plataforma é atóxica e nenhum líquido adere a ela, tornando-a um processador ideal de fluidos livres sem possibilidade de contaminação.
Mão mágica
A primeira aplicação da nova tecnologia será na criação de novos testes e diagnósticos biomédicos mais seguros, tanto para evitar resultados não confiáveis, como para proteger os profissionais de saúde e evitar a disseminação de patógenos.
"Testar vírus e bactérias infecciosas é altamente arriscado, às vezes até fatal. Uma gota de sangue de um paciente com ebola pode infectar profissionais da área médica através da pele. Para o diagnóstico, os profissionais de saúde precisam colidir, filtrar e purificar uma amostra de sangue do paciente para obter os materiais genéticos do vírus. Esta série de operações, muitas vezes em meio fluídico, é altamente infecciosa. Além disso, os fluidos grudam nas superfícies, o que contaminará recipientes e ferramentas de manuseio, causando perigos potenciais se os resíduos médicos não forem gerenciados adequadamente," detalhou o professor Liqiu Wang.
"O dispositivo funciona como uma mão 'mágica' à prova de umidade para navegar, fundir, apertar e clivar fluidos sob demanda, permitindo transportadores de carga com gotas funcionando como rodas e melhorando o limite de concentração máxima de proteína distribuível em 4000 vezes," completou ele.
A equipe pretende a seguir integrar a plataforma com sistema de inteligência artificial, para construir um sistema totalmente automático para processamento de líquidos e amostras para exames ou biópsias. Segundo eles, já é possível vislumbrar a edição de genes com o clique de um botão, em vez das repetidas pipetagens usadas hoje.
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