Cientistas afirmam que, em mais dois anos, será possível que um bebê tenha o material genético de duas mães e um pai.
A técnica está sendo desenvolvida como uma forma de prevenir doenças fatais causadas por danos às mitocôndrias, células passadas da mãe para o bebê e que fornecem energia para o organismo.
Um em cada 6,5 mil bebês nasce com sérios problemas mitocondriais - as mitocôndrias são conhecidas como "usinas de energia" das células.
Sem energia suficiente, bebês com essa condição apresentam musculatura fraca, cegueira e problemas cardíacos. Em alguns casos, a condição pode levar ao óbito.
Os especialistas dizem não haver evidências de que os dois métodos em estudo sejam inseguros, mas novos testes ainda devem ser feitos.
"Tudo aponta que a direção que estamos seguindo é segura, mas não sabemos o que há depois da esquina. Por isso, somos cuidadosos," disse um dos cientistas convocados pela Autoridade em Embriologia e Fertilização Humana (HFEA, na sigla em inglês), do Reino Unido, que está acompanhando o desenvolvimento da nova técnica.
Quando der certo, dará certo
O cientista Andy Greenfield, que liderou o grupo de pesquisadores reunidos para analisar a nova técnica, disse que avaliar a segurança do método "não é tão simples".
"Só saberemos se estas técnicas são seguras para humanos até as testarmos de fato em humanos e tivermos o nascimento de um bebê saudável", afirmou.
Haverá necessidade também de alterações nas legislações nacionais, que geralmente proíbem esse tipo de prática.
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