Hipnoterapia
Disparar pulsos elétricos de baixa potência em uma parte específica do cérebro torna as pessoas mais suscetíveis à hipnose.
Embora tenha implicações éticas preocupantes e a pesquisa ainda esteja numa fase inicial, os cientistas afirmam que essa descoberta poderá eventualmente levar a uma utilização mais generalizada da hipnoterapia para condições como a dor crônica.
"Existem muitas maneiras diferentes de tratar vários distúrbios e condições que temos tanto na psicologia quanto na psiquiatria," disse o professor Afik Faerman, da Universidade de Stanford (EUA). "A hipnose é uma técnica psicológica que demonstrou ser eficaz para ansiedade, depressão e principalmente dor."
A hipnoterapia é geralmente definida como o uso da hipnose para tratar uma condição ou mudar um hábito. O problema é que nem todas as pessoas são suscetíveis de serem hipnotizadas - ou seja, a hipnose não funciona para todos. A descoberta de um modo de aumentar a suscetibilidade à hipnose pode ampliar seu uso, mas também pode abrir caminho para a "indução hipnótica" indesejada ou sem uma concordância informada.
Forçando a suscetibilidade à hipnose
Estudos anteriores indicaram que pessoas altamente suscetíveis à hipnose têm maior conectividade entre duas partes do cérebro: O córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo e o córtex cingulado anterior dorsal. E estimular a primeira região aumenta esta conectividade.
Concentrando-se no córtex pré-frontal dorsolateral, localizado na parte frontal do cérebro, os pesquisadores aplicaram estimulação magnética transcraniana em 40 pessoas com fibromialgia, uma condição de dor crônica. A estimulação consistiu em 800 pulsos por meio de eletrodos postos sobre o couro cabeludo, com o procedimento durando pouco mais de 1,5 minuto - essa técnica utiliza campos magnéticos para estimular células nervosas em tecidos-alvo.
Depois de apenas uma sessão, os voluntários que receberam a estimulação elétrica cerebral tiveram um aumento na suscetibilidade à hipnose por até uma hora, enquanto um grupo de controle, que recebeu um tratamento simulado não apresentou nenhuma mudança.
Os pesquisadores agora pretendem repetir o estudo com um grupo maior de pessoas com uma gama mais diversificada de condições. Eles também querem ver se ajustar a duração ou o número de pulsos de estimulação elétrica que uma pessoa recebe afeta sua suscetibilidade à hipnose.
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Mente | Neurociências | Cérebro | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.