Aparelhos médicos que se autodestroem
Uma variedade de dispositivos médicos pode ser inserida no trato gastrointestinal para tratar, diagnosticar ou monitorar distúrbios gastrointestinais.
Mas a maioria deles precisa ser removida por cirurgia endoscópica após o término do trabalho.
Agora, engenheiros do MIT (EUA) descobriram uma maneira de acenar para esses dispositivos de que é hora para que eles se desmanchem dentro do corpo. O sinal é enviado por um LED, também de engolir.
A técnica é baseada em um hidrogel sensível à luz.
Esse gel de polímero inclui uma ligação química que é quebrada quando exposta a uma luz de comprimento de onda entre 405 e 365 nanômetros (azul ao ultravioleta). Em vez de criar um material composto exclusivamente desse polímero sensível à luz, a equipe o utilizou para ligar componentes mais fortes, como a poliacrilamida. Isso torna o material mais durável, mas ainda permite que ele se quebre ou se enfraqueça quando exposto ao comprimento de onda certo da luz.
Fabricar os dispositivos médicos com base nesse hidrogel pode evitar muitos procedimentos endoscópicos e daria aos médicos uma maneira mais rápida e mais fácil de remover os dispositivos quando eles não são mais necessários ou não estão funcionando adequadamente, dizem os pesquisadores.
"Estamos desenvolvendo um conjunto de sistemas que podem residir no trato gastrointestinal e, como parte disso, buscamos desenvolver maneiras diferentes de desencadear a desmontagem de dispositivos no trato gastrointestinal sem a necessidade de um procedimento importante," disse o professor Giovanni Traverso.
Primeiros testes
O gel pode ser facilmente moldado em uma variedade de formas. Neste estudo, os pesquisadores o usaram para demonstrar duas aplicações possíveis: um selo para um balão bariátrico e um stent esofágico.
Em um teste realizado em grandes mamíferos (porcos), os pesquisadores mostraram que os dispositivos feitos com o hidrogel fotossensível podem ser acionados para se decompor sem a necessidade de intervenção invasiva.
Além dessas duas aplicações, essa abordagem poderia ser usada para criar outros tipos de dispositivos degradáveis, como veículos para administrar medicamentos ao trato gastrointestinal, segundo os pesquisadores.
O material que resta da decomposição do gel é biocompatível, podendo seguir normalmente pelos intestinos.
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