Detecção de DNA 100 vezes melhor
Este pequeno aparelho vai permitir ampliar em 100 vezes os limites da engenharia biomédica, oferecendo um método para detecção de DNA com uma sensibilidade sem precedentes.
"A detecção de DNA está no centro da bioengenharia," explica o professor Jinglei Ping, da Universidade de Massachusetts (EUA). "Todo mundo quer detectar o DNA em baixa concentração com alta sensibilidade. E acabamos de desenvolver este método para melhorar a sensibilidade em cerca de 100 vezes, sem nenhum custo [adicional]."
O grande desafio para decodificar o DNA aparece logo de cara: Existem muitas moléculas presentes em cada amostra que não são o DNA alvo, mas que podem interferir no resultado - é basicamente como encontrar a agulha num palheiro.
Este novo aparelho usa um método diferente: A amostra é colocada dentro de um campo elétrico alternado. "Então, deixamos o DNA dançar," compara Ping. "Quando os filamentos de DNA dançam, eles têm uma frequência de oscilação específica."
Isto possibilita ler as amostras para ver se há uma molécula se movendo de uma forma que corresponda ao movimento do DNA alvo e distingui-la facilmente de diferentes padrões de movimento. A técnica funciona mesmo quando há uma concentração muito baixa do DNA alvo na amostra.
Isto tem enormes implicações para acelerar a detecção de doenças. Primeiro, com um detector tão sensível, os diagnósticos podem acontecer nas fases iniciais da progressão da doença, o que pode ter um grande impacto nos resultados de saúde. Além disso, este método leva minutos, e não dias, semanas ou meses, porque é totalmente elétrico, o que o torna adequado para funcionar mesmo em pontos de atendimento, como hospitais e clínicas.
Outro benefício: O aparelho é portátil. O professor Ping diz ser possível fabricá-lo do tamanho de um dispositivo de teste de açúcar no sangue, o que abre as portas para melhorias na saúde em escala global, chegando a locais de poucos recursos e difícil acesso.
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